Quem utiliza medicamentos como Ozempic e Wegovy — as chamadas canetas emagrecedoras — terá que apresentar receita médica com retenção obrigatória para efetuar a compra nas farmácias. A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e impõe regras mais rígidas para o acesso aos remédios à base de agonistas de GLP-1, também indicados para o tratamento de diabetes tipo 2.
Como vai funcionar compra de canetas emagrecedoras a partir de agora?
Até então, a venda era permitida apenas com a apresentação da receita, que era devolvida ao consumidor após a compra. Com a nova medida, o receituário ficará retido na farmácia.
A decisão foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da Anvisa, que justificou a mudança como forma de reforçar o controle sobre o uso desses medicamentos e proteger a saúde coletiva diante do crescente “consumo irracional” dos emagrecedores.
Uso indiscriminado de medicamentos como Ozempic
A retenção do receituário médico é defendida por entidades da área da saúde. No fim do ano passado, as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes divulgaram uma carta aberta defendendo a retenção de receita para a venda dos agonistas de GLP-1.
Para as entidades, o uso indiscriminado gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso dos pacientes que realmente necessitam do tratamento.
De acordo com especialistas, o uso de emagrecedores sem acompanhamento médico e com a dosagem inadequada pode provocar náuseas, distensão abdominal, constipação ou diarreia. O uso incorreto também pode agravar transtornos psicológicos e alimentares.
O que diz a Nova Nordisk?
Em nota, a Nova Nordisk informou que “recebe com naturalidade a decisa o da ANVISA
sobre a retença o de receita de medicamentos ana logos de GLP-1, como Wegovy, Rybelsus,
Ozempic, Saxenda, Victoza e Xultophy”.
“A decisão da agência não tem relação com a segurança e eficácia dos medicamentos a base de GLP-1 registrados no Brasil. Robustas pesquisas clínicas, envolvendo milhares de pacientes em todo o mundo, já comprovaram o perfil de segurança e eficácia das moléculas liraglutida e semaglutida. A Novo Nordisk reitera a confiança na qualidade de seus tratamentos, presentes no Brasil há 14 anos e aprovados pela agência sanitária brasileira. “,
informou.
Ainda, de acordo com a farmacêutica, a “empresa compartilha das mesmas preocupações da Anvisa quanto ao uso irregular de medicamentos e fora de indicação em bula”.
“A Novo Nordisk se mantém aberta ao diálogo e à colaboração com as autoridades de saúde, combatendo sempre, por meio de campanhas de conscientização e ações de educação, a automedicação e o uso off-label, bem como denunciando casos de falsificação, comercialização e consumo de medicamentos análogos de GLP-1 irregulares. Tais produtos colocam os pacientes em risco, visto que na o possuem estudos, aprovações e garantias de origem, eficácia, segurança ou qualidade”,
explicou.
** Com informações da Agência Brasil
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