O balanço mensal da regional de Campinas do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) apontou que as indústrias da região mantêm a tendência de crescimento registrada nos últimos meses. Entretanto, a escassez hídrica trouxe impactos negativos.
Os dados divulgados no último dia 22 mostram que para 43% das associadas o volume de produção aumentou em setembro. As vendas totais também cresceram para 44% das indústrias analisadas. Já 48% apontaram a lucratividade em estabilidade.
Na avaliação do vice-diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, o resultado revela “o crescimento sustentável da indústria regional”.
IMPACTOS NEGATIVOS DA ESCASSEZ HÍDRICA
Apesar do resultado positivo, a pesquisa apontou os graus de impactos da crise hídrica na indústria regional. Do total, 95% dos respondentes afirmaram que já sofreram algum grau de impacto negativo nos seus negócios, em razão da escassez hidroenergética, sendo muito 35%, regular 30%, pouco 30% e nenhum impacto 5%.
Os custos das matérias-primas e componentes aumentaram para 63% das empresas respondentes em setembro. Já os custos com energia, água e transporte aumentaram em agosto para 75% das associadas.
O vice-diretor José Henrique Toledo Corrêa, manifestou preocupação em relação a possibilidade de impactos negativos no desempenho da indústria. “Água e energia elétrica têm muita relevância na produção industrial. Temos preocupação que a escassez hidroenergética afete as empresas, principalmente se não ocorrerem chuvas”, comentou.
OUTROS INDICADORES
Nos próximos 12 meses, 35% das indústrias analisadas aumentarão o número de máquinas e 30% irão atualizar o maquinário.
O aumento no número de funcionários foi apontado por 30% das indústrias e ficou estável para 70% das outras respondentes.
Outros indicadores, como os níveis de inadimplência e endividamento também estão estáveis.