A região de Campinas registrou 48,5 milímetros de chuva desde a última sexta-feira (28), de acordo com informações do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp. Segundo o meteorologista do Centro, Bruno Bainy, a precipitação deve continuar hoje. Mas, afinal, até quando chove na região de Campinas?
De acordo com Bainy, as chuvas devem seguir de maneira ocasional e isolada até essa quarta-feira (2), quando é comemorado o feriado do Dia de Finados. Além disso, os próximos dias devem ter a ocorrência de rajadas fortes de vento.
“Na quarta, os ventos sopram com forte intensidade e rajadas ocasionais não em resposta aos temporais, mas pela situação meteorológica, pois estaremos na borda de um sistema de alta pressão (associado ao ar mais frio), onde os ventos sopram com maior força”, comenta.
De acordo com o meteorologista, os ventos mais fortes começaram a atuar na nossa região devido à passagem de uma nova frente fria na última segunda-feira (31). Além disso, há estimativa de ventos de até 35 km/h e rajadas da ordem de 55 km/h.
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FRENTE FRIA
Essa nova frente fria passou rapidamente pelo Sul do país, segundo informou o Cepagri. Contudo, o clima ainda sofrerá algumas mudanças no que diz respeito às chuvas, nebulosidade e, principalmente, aos ventos nos próximos dias.
“A gente vai ficar na borda desta massa de ar frio, e é na borda que os ventos são mais fortes. Então, isso é o que vai causar ventos mais fortes até quarta-feira, talvez quinta-feira ainda tenha isso. Esses ventos fortes vêm a partir do oceano, impulsionam a entrada de umidade e favorecem essa cobertura de céu nublado e encoberto, além de chuvas ocasionais”, comenta Bainy.
Diferentemente de uma massa de ar frio ou de origem polar, a frente fria é quem traz as mudanças climáticas à região atingida. “A frente fria, quando ela passa, provoca mudanças nas condições do tempo, associados à nebulosidade e chuva bem distribuída. A passagem da frente fria é marcada pela mudança de vários parâmetros meteorológicos como, por exemplo, a pressão atmosférica, os ventos também mudam de direção e de intensidade e o teor de umidade no ar muda um pouco. Então, a frente fria passa rápido, mas vai se estabelecer uma massa de ar de origem polar e pós-frontal, que é o que empurra a frente fria, e ela que vai trazer o ar frio”, explica.
RADIAÇÃO SOLAR
De acordo com Bainy, haverá maior presença do Sol a partir de quinta-feira (3), quando os ventos vão perdendo a intensidade devido à radiação solar. Entretanto, as temperaturas mais baixas permanecem até o começo da próxima semana.
“Essa época do ano, em que a radiação solar já é mais forte, tende a enfraquecer de forma mais rápida essas massas de ar frio, mesmo as mais intensas. Mas, até o momento, o indicativo que a gente tem é de que essa massa de ar de origem polar deve ficar centrada no Oceano Atlântico, à sudeste do Rio Grande do Sul, e deve manter as temperaturas amenas em boa parte do centro-sul do Brasil até o final de semana”, acrescenta Bruno Bainy.
Com isso, é necessário ter alguns cuidados com a exposição solar direta, especialmente em horários de sol mais forte, entre o final da manhã e o meio da tarde. Além disso, é preciso fazer uso de protetores solares, chapéus, óculos escuros para proteção de pele e olhos, e ter cuidado com exposição prolongada.
“Vale reforçar que a radiação solar nessa época do ano é mais forte e que não depende da temperatura do ar”, finaliza o meteorologista.
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