O número de atendimentos de imigrantes e refugiados no Centro de Referência de Campinas disparou em 2022, segundo dados da Prefeitura. O total subiu de 568 para 2.458 pessoas de 2021 para o ano passado, o que representa uma alta de 332%. Em 2023, já foram realizados 465 atendimentos.
Nesta terça-feira (20) é celebrado o dia mundial dos refugiados. De acordo com o balanço divulgado pela Administração, a maioria dos atendimentos realizados em 2022 é de pessoas vindas da Venezuela, com 991 registros. Depois vêm os haitianos, com 641 casos. Por último, estão os refugiados de cuba, com 160 pessoas.
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Há três meses no Brasil, Ronaldo Marques chegou a Campinas com a família há um mês em busca de uma condição de vida melhor. “Aqui eu fico na rua porque a situação está bem difícil no meu país. Emprego, estudo caro, ou não tem alimento. Estou buscando uma melhoria em outro país”, comenta.
Durante o primeiro atendimento, a Prefeitura realiza a regularização dos documentos para que os refugiados possam procurar empregos e tenham direito à assistência municipal. Além disso, Campinas é o único município do interior do estado a ter um núcleo do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), onde são analisados os pedidos da condição de refugiado no país.
As entrevistas são realizadas de forma online ou presencial. Em média, quatro pessoas são entrevistadas por semana em Campinas. Caso o processo seja aprovado, o refugiado passa a receber benefícios municipais, como plano de saúde.
“Essas populações têm sofrido muito fortemente essas consequências de crises politicas e econômicas, o que faz com que elas procurem o Brasil para construir um tipo melhor de vida”, explica Silvana Argento Oriente, especialista em relações sociais e antropóloga.
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