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CampinasCotidianoAtendimento de mulheres vítimas de violência cresce 46% em Campinas

Atendimento de mulheres vítimas de violência cresce 46% em Campinas

De acordo com levantamento realizado pela Prefeitura, até abril de 2023 foram 749 casos atendidos pelo Ceamo; confira programas de acolhimento na cidade

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Um levantamento divulgado pela Prefeitura de Campinas mostrou que a média de casos de mulheres vítimas de violência atendidas pelo Ceamo (Centro de Referência e Apoio à Mulher) cresceu 46% neste ano. Segundo a Administração, até abril, foram 749 atendimentos. Já em 2022, foram 1.532 registros. Veja os detalhes abaixo:

  • 2021 – média de 55,83 por mês / 670 atendimentos no ano
  • 2022 – média de 127,66 por mês / 1.532 atendimentos no ano
  • 2023 (até abril) – média de 187,25 por mês / 749 atendimentos até o momento

Neste ano, Campinas registrou três feminicídios. No início de janeiro, um homem, de 48 anos, foi preso por suspeita de matar a esposa e colocar o corpo em um tanque de lavar roupas no distrito de Barão Geraldo. Dez dias depois, em 12 de janeiro, um homem foi preso por matar a esposa a facadas no Jardim Eulina.

O terceiro registro aconteceu na terça-feira de Carnaval, em 22 de fevereiro. Uma mulher, de 30 anos, foi morta a facadas pelo marido no bairro Vale das Garças, também no distrito de Barão Geraldo. Durante o crime, dois filhos do casal estavam no local .

De acordo com a Prefeitura, foram sete feminicídios em 2022 e cinco em 2021. Para a secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Vandecleya Moro, é necessário conscientizar e informar a população sobre a importância do combate à violência contra a mulher.

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“O feminicídio é uma chaga na sociedade e o enfrentamento do problema exige tanto ações educativas, para prevenção, quanto repressivas”, afirma.

 

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SEMANA DE COMBATE AO FEMINICÍDIO

Em 2019, a lei municipal nº 15.848 instituiu a Semana Municipal de Combate ao Feminicídio em Campinas. A iniciativa tem como propósito conscientizar a sociedade sobre esse problema, que continua recorrente, e marca o aniversário do feminicídio de Thaís Fernanda Ribeiro, que foi morta pelo namorado no dia 10 de maio de 2019.

Thaís morava no bairro Vila San, tinha 21 anos e trabalhava como operadora de caixa de um supermercado em Barão Geraldo. Em fevereiro deste ano, um novo júri popular condenou Lucas Henrique Siqueira Santana a 21 anos de prisão por ter matado Thaís com 11 tiros.

Em busca de conscientizar a população, a Prefeitura realiza o seminário “Todos Contra o Feminicídio”, com participação de representantes do Ceamo e da Guarda Municipal, além de Thamiris Gomes Smania, doutoranda em Saúde Coletiva na área de Epidemiologia de Mortes Violentas pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, e a major PM Soraya Jorge Santana, coordenadora operacional do 48º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior). O evento acontece no dia 23 de maio, no Salão Vermelho do Paço Municipal.

PROGRAMAS SOCIAIS

A Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas mantém uma série de ações protetivas voltadas à mulher, desenvolvidas por diferentes programas sociais. Veja todos os serviços abaixo:

Abrigo Sara-M – O Serviço de Atenção e Resgate à Mulher oferece local seguro e sigiloso e tem como diretrizes ações que incentivem o protagonismo e autonomia das usuárias, buscando trabalhar de forma articulada com a rede de serviços, de forma a atendê-la em sua totalidade. O público-alvo são mulheres maiores de 18 anos com ou sem filhos que são encaminhadas pela DDM (Delegacia da Mulher) ou por órgãos de proteção à mulher vítima de violência.

Ceamo – Espaço de acolhimento, escuta, troca de vivências e informações sobre os direitos da mulher no exercício da sua cidadania. A principal finalidade do serviço é prestar acolhimento e atendimento social e orientação jurídica à mulher em situação de violência de gênero, realizando atendimentos individuais, familiares e em grupo, na busca do enfrentamento dos problemas que afligem as mulheres para fortalecer a sua autoestima e, consequentemente, romper o ciclo da violência.

BEM Campinas – Os benefícios eventuais são destinados a pessoas ou famílias em situações específicas, como nascimento, morte, vulnerabilidade temporária e estado de calamidade pública. O auxílio-moradia é concedido no valor mensal de R$ 873,60 por seis meses consecutivos para mulheres vítimas de violência doméstica, familiar ou de gênero.

Renda Campinas – O programa Renda Campinas é uma iniciativa voltada para famílias em situação de extrema pobreza e pobreza. As principais beneficiárias do programa são mulheres que chefiam famílias. O benefício, que tem validade de 12 meses e pode ser prorrogado por mais 12, busca transferir recursos financeiros para os indivíduos e famílias mais necessitados, ajudando a cobrir suas necessidades básicas e melhorar sua qualidade de vida. O programa tem atualmente 16.909 famílias beneficiadas.

Creas – O Centro de Referência Especializado de Assistência Social é uma unidade pública que integra o Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Oferece atendimento psicossocial e orientação jurídica para as famílias que estão em situação de violação de direitos, por isso estão em situação de risco social, mas ainda não perderam os vínculos familiares e comunitários.

Grupo mulheres empreendedoras – Organizado pela Coordenadoria Setorial de Políticas para as Mulheres visa proporcionar a emancipação econômica de mulheres em situação de vulnerabilidade, principalmente aquelas vítimas de violência.

Gama – O programa Guarda Amigo da Mulher visa garantir a segurança de mulheres vítimas de violência.

Sala lilás – A Sala Lilás foi projetada para ser um local amigável, onde a mulher, que já está fragilizada, possa ser acolhida e receber apoio. No local, também foi montada uma brinquedoteca para distrair as crianças enquanto as mães são atendidas. As mulheres em situação de violência doméstica podem procurar o serviço quando forem fazer adesão ao Gama ou sempre que precisarem de ajuda da equipe do programa.

Campinas ainda conta com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, um órgão colegiado com composição paritária entre o Poder Público e Sociedade Civil que busca elaborar e implementar políticas públicas para garantir a igualdade de oportunidades e de direitos entre homens e mulheres, de forma a assegurar à população feminina o pleno exercício da cidadania e o desenvolvimento pleno de sua personalidade.

 

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