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CampinasCotidianoAtendimentos por dermatite atópica sobem 18% no estado de SP

Atendimentos por dermatite atópica sobem 18% no estado de SP

Casos registrados na rede pública têm crescido e tratamento disponível foi ampliado pelo governo federal

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O número de atendimentos ambulatoriais pelo SUS (Sistema Único de Saúde) por causa da dermatite atópica aumentou no estado São Paulo. De janeiro a março deste ano, houve 18% atendimentos a mais do que no mesmo período do ano passado.  

Além disso, os atendimentos registrados em 2025 já representam 30% do total registrado no ano passado inteiro, quando foram 14.695. Comparando os atendimentos de 2023 com 2024, também houve alta no ano passado, que teve 13,38% casos a mais comparando com o ano anterior.   

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Diante da alta, no final do último mês de maio, três portarias publicadas no Diário Oficial da União ampliaram o acesso a medicamentos contra a doença pela rede pública de saúde (saiba mais abaixo).   

Aumento nos atendimentos por dermatite atópica no SUS  

  • 2025 (janeiro a março): 4.393 atendimentos  
  • 2024 (janeiro a março): 3.717 atendimentos  
  • 2024 inteiro: 14.695 atendimentos  
  • 2023 inteiro: 12.961 atendimentos  

Segundo a dermatologista Nancy Vanessa, esse aumento ao longo dos últimos anos tem relação com fatores climáticos e ambientais. “Nos últimos anos, a gente tem percebido aumento de temperatura, diminuição da umidade relativa do ar e aumento da poluição. Então quando a gente junta temperatura mais quente, clima mais seco e aumento da poluição, esses pacientes infelizmente acabam sofrendo mais”, explica.  

O que é dermatite atópica  

A dermatite atópica é uma doença genética e imunológica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira – que surgem, principalmente, nas áreas de dobras do corpo, como a parte frontal dos cotovelos, atrás dos joelhos e do pescoço.   

“Normalmente ela se manifesta na infância e tende a ser crônica, mas muitas vezes na adolescência ela desaparece e os adultos ficam sem a doença. Algumas vezes, eles carregam essa doença para o resto da vida. A parte genética dela tem influência multifatorial, então às vezes os pais têm, às vezes não têm, às vezes é a união da genética do pai e da mãe que vai manifestar”, explica a dermatologista.   

Principais sintomas  

Entre os sinais que indicam a doença, estão:  

  • Pele ressecada;  
  • Descamação;  
  • Coceira, que pode levar a lesões;  
  • Surgimento de pequenas bolhas;  
  • Ardência e dores.  

Qual é o tratamento?  

Não existe cura para a doença, mas há vários tratamentos que ajudam no controle e diminuição dos sintomas. Segundo Nancy Vanessa, isso inclui mudanças de comportamento como, por exemplo, evitar banhos demorados, quentes e com muito sabonete, assim como hidratar bastante a pele. Em casos de já apresentar a inflamação, é necessário usar medicamentos anti-inflamatórios.  

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No caso da estudante Jéssica Midori, por exemplo, ela faz uso de pomadas, remédios e hidratantes para controlar a dermatite atópico. No entanto, nem sempre ela consegue seguir as recomendações à risca, principalmente nessa época de temperaturas mais baixas.   

“No Inverno é mais difícil, eu uso muita calça para ir trabalhar, para ir para faculdade. O banho também, fica muito difícil tomar banho gelado. E a hidratação também geralmente eu faço quando eu saio do banho, mas no Inverno quando eu saio do banho eu já quero colocar logo minha roupa, não tenho paciência para esperar o creme secar. Então nessa época realmente a tendência é a doença piorar”, conta.   

SUS passa a oferecer tratamento integral para dermatite atópica  

Na semana passada, o governo federal ampliou o tratamento para dermatite atópica pelo SUS. Três portarias oficializaram a incorporação, na rede pública, de duas pomadas para a pele – tacrolimo e furoato de mometasona – além de um medicamento oral para o tratamento da doença – o metotrexato.  

Em nota, o Ministério da Saúde destacou que o tacrolimo tópico e o furoato de mometasona poderão ser usados para tratar pessoas que não podem usar corticoides ou que tenham resistência aos tratamentos até então disponíveis.   

A ampliação de acesso ao tacrolimo tópico para os pacientes do SUS é um benefício relevante já que, por ser um medicamento de alto custo, seu acesso era mais restrito.   

Segundo a Pasta, o metotrexato será indicado nos casos de dermatite atópica grave, sobretudo entre pacientes que não podem usar a ciclosporina, medicamento já disponibilizado na rede pública. 

*Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.

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