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CotidianoBebê levada para Portugal é achada após cooperação internacional

Bebê levada para Portugal é achada após cooperação internacional

Criança recém-nascida apresenta boas condições de saúde e foi localizada pela Polícia Judiciária de Portugal

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Com informações de Tiago Américo/EPTV Campinas

A Polícia Judiciária de Portugal confirmou nesta terça-feira (5) que localizou a menina recém-nascida que foi levada da Santa Casa de Valinhos, na região de Campinas, por um empresário português. O homem, que viajou do Brasil para a Europa com a criança no final de outubro, foi preso ontem (4) pela PF (Polícia Federal) em uma operação contra o tráfico internacional de bebês (leia abaixo).

Segundo as autoridades portuguesas, a menina foi encontrada em bom estado de saúde em uma casa na cidade de Valongo depois de uma cooperação dos dois países. A bebê estava com um homem que seria companheiro do investigado e que também terá o envolvimento apurado. “Este indivíduo, de 44 anos de idade, também empresário, foi constituído arguido e interrogado”, informou a nota.

“As investigações prosseguem com vista ao completo esclarecimento dos factos e apuramento da responsabilidade criminal dos seus autores”, complementa o comunicado da Polícia Judiciária de Portugal enviado à imprensa internacional. Ainda conforme o texto, a recém-nascida foi levada para uma casa de acolhimento. Ainda não se sabe se ela será trazida futuramente para o Brasil.

Como o caso foi descoberto?

O homem português preso pela PF ontem em Valinhos passou a ser investigado no final de novembro, depois que os policiais federais receberam informações de promotores do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) de que um bebê recém-nascido abandonado pela mãe no município foi registrado pouco tempo depois como filho de um homem de nacionalidade portuguesa.

“As suspeitas recaíram no possível tráfico internacional de bebês quando, acionado o Grupo de Repressão a Crimes contra Direitos Humanos da Delegacia de Polícia Federal em Campinas, verificou-se que, em menos de um mês, o mesmo homem de nacionalidade portuguesa havia registrado outra recém-nascida, no mesmo hospital, como sua filha”, detalha os investigadores.

Os policiais constataram ainda que esses registros de paternidade foram feitos na Santa Casa de Valinhos e ocorreram após “uso de documentos falsos perante a Justiça Estadual, em juízos diferentes”, acompanhados de pedidos de guarda unilateral dos bebês, o que permitiria que saísse do País sem anuência da mãe.

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A apuração indica que a prisão ocorreu poucos dias antes do menino ser levado.

Quantas vezes ele viajou?

De acordo com os sistemas da PF, quatro viagens do investigado entre Brasil e Portugal aconteceram em 2015, 2021 e 2023. Neste ano, a última saída aconteceu em 24 de outubro, quando ele levou uma recém-nascida com menos de um mês de vida para o país europeu e retornou dias depois sem a criança.

Para a Polícia Federal, o retorno para o Brasil ocorreu possivelmente para buscar o outro bebê, que ainda está internado na Santa Casa de Valinhos.

“Diligências urgentes foram tomadas, visando a proteção e defesa dos recém-nascidos brasileiros, para identificar as demais possíveis pessoas envolvidas nos crimes, além de gestão junto ao hospital para adiar a alta hospitalar do bebê”, alegaram as equipes do órgão no comunicado sobre o caso enviado à imprensa.

Ele recebia ajuda?

Além da previsão preventiva do suspeito, outros cinco mandados foram cumpridos pelos agentes federais na região de Campinas: quatro de busca pessoal e um de busca e apreensão. Além de Valinhos, os trabalhos também aconteceram em Itatiba e envolveram um escritório de advocacia. As suspeitas indicam que o local fornecia apoio nas irregularidades cometidas pelo homem.

O investigado foi encaminhado para a sede da PF em Campinas, no bairro Botafogo, para onde todo o material apreendido também foi levado. Uma audiência de custódia a ser realizada hoje vai definir se ele continua preso.

Conforme delitos apurados pelo órgão, o envolvido pode responder pelos crimes de tráfico internacional de crianças, registro falso e promoção de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior sem respeitar as formalidades. A pena pelas acusações pode passar de 18 anos, mas os delitos “poderão ser melhor definidos após a análise do material”, esclarece a PF.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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