O governo federal liberou a antecipação do pagamento do Bolsa Família para 62,5 mil beneficiários de Campinas. O adiantamento foi tomado por causa do decreto de estado de emergência na metrópole, em função das chuvas intensas que provocaram diversos transtornos para moradores.
Com a medida, todos os beneficiários de Campinas já têm os valores a disposição. Normalmente, o pagamento do Bolsa Família ocorre por ordem do último dígito do NIS (Número de Identificação Social). Em fevereiro, o pagamento começou ontem (13), para os beneficiários de final 1 e nesta terça-feira é o pagamento dos feneficiários final 2 e assim sucessivamente até o dia 28, quando seria pago os NISs de final 0.
O valor do benefício pode ser acessado e utilizado por meio do aplicativo Caixa Tem, destinado a pagamento de benefícios sociais.
O decreto de situação de emergência permite a antecipação dos pagamentos além do uso de declaração especial de pagamento para quem perdeu documentos e a prorrogação dos prazos de atualização cadastral.
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DECRETO APÓS TRANSTORNOS
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, decretou estado de emergência em Campinas no dia 20 de janeiro, após a cidade sofrer com dias seguidos de transtornos provocados por tempestades.
No documento, a Prefeitura citou que entre os dias 17 a 20 de janeiro 81 famílias ficaram desalojadas, e o acumulado de chuva ultrapassou os 200 milímetros. Na semana, moradores registraram alagamentos em imóveis, ruas e avenidas, carros levados por enxurradas, além de quedas de pontes, muros e centenas de quedas de árvores.
Diversos trechos de ruas também tiveram erosões, fazendo com que antes, já no dia 18, a Prefeitura anunciasse o aditamento dos contratos de tapa-buraco e de poda de árvores, além do reforço nas equipes que realizam reparos na cidade. O valor do aditivo do contrato de tapa-buraco feito pela Secretaria de Serviços Públicos, ultrapassou os R$ 6 milhões/ano e o aditivo do contrato de poda de árvores será de quase R$ 2 milhões, também por ano.
MOTIVOS
Durante o anuncio, o prefeito citou que o decreto permitiria que o município fizesse remanejamento interno do orçamento para atender as urgências e emergências da cidade.
“Na nossa avaliação, a situação da cidade justifica a contratação emergencial para construção das pontes perdidas e a recomposição dos muros de contenção e outras obras consideradas urgentes para retomada da vida da cidade”, explicou o prefeito, citando que para a execução das obras necessárias, será usada a reserva de contingência da Prefeitura.
Durante o anuncio, a Administração também liberou auxílio-moradia no valor de R$ 605 ao mês para todas as famílias que tiverem que ser removidas de suas casas. Também houve o lançamento de uma campanha para arrecadação de móveis e utensílios para aqueles que perderam seus pertences.
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