A Câmara de Campinas aprovou a mudança de todas as sessões do Legislativo para o Teatro Bento Quirino, no Centro. A votação aconteceu na manhã desta quarta-feira (4), após requerimento da Mesa Diretora.
A transferência ocorre enquanto durar a reforma no prédio da Câmara, localizado no bairro Ponte Preta, que sofreu atrasos e não tem prazo definido para conclusão.
Segundo a Câmara, a previsão é que as sessões comecem a acontecer no teatro já na próxima semana. As duas primeiras reuniões devem ocorrer ainda na parte da manhã.
A Casa ainda relatou que, a partir da segunda quinzena de maio, a previsão é de que as reuniões voltem a acontecer normalmente no período noturno. Para a transferência das sessões, serão necessários ajustes e instalações de equipamentos.
Inicialmente, as sessões serão realizadas sem público, informou a gestão da Câmara.
USO DO TEATRO
A autorização para o uso do Teatro Bento Quirino para as sessões da Câmara foi proposta pela Mesa Diretora após a conclusão das obras de adequação do espaço. Os trabalhos foram executados pela secretaria de Serviços Públicos.
A transferência temporária das atividades dos vereadores serve para que o Legislativo volte a realizar sessões noturnas presenciais, algo que não ocorre desde o fim do ano passado, antes do início da reforma na Câmara (veja mais abaixo).
Procurada, a assessoria da presidência da Casa confirmou que a gestão se programa para definir como fará o transporte e os testes dos equipamentos e que a retomada presencial pode acontecer em até duas semanas.
O teatro e o ex-colégio Bento Quirino foram comprados por R$ 11,9 milhões pela Prefeitura em fevereiro, quando foi informada a intenção de usar o teatro para atividades de Educação e Cultura. Isso, porém, não tem prazo para ocorrer.
REFORMA NA CÂMARA
Iniciada em janeiro, a reforma na Câmara sofreu atraso devido à paralisação das obras no início de março. Em entrevista ao acidade on Campinas na ocasião, o presidente do Legislativo, Zé Carlos (PSB), falou em “entraves burocráticos”.
“Os nossos engenheiros e arquitetos não têm expertise pra fazer essas obras estruturantes. E cada vez que se descobre algo, surge um obstáculo. Então, a burocracia impera na Câmara. Mas nós estamos desenrolando”, alegou.
Zé Carlos também criticou o fato das obras não terem sido feitas em anos anteriores e, apesar de reconhecer que os trabalhos são importantes, descartou que houvesse risco de colapso, ou de danos irreversíveis na estrutura do prédio.
“Cada hora que você mexe aparece uma coisa diferente. Mas não é nada que coloque a vida das pessoas em risco, até porque o prédio está vazio, porque nós tiramos as pessoas de lá quando planejamos fazer essa obra”, pontuou ele.
CONTRATAÇÃO DE ESTAGIÁRIOS
A reunião de hoje também contou com a aprovação do projeto de resolução que estabelece critérios para a contratação de estagiários de nível superior pela Câmara Municipal de Campinas.
Segundo o projeto, serão oferecidas dez vagas para a realização de estágio, exclusivamente a estudantes que cursam ensino superior para alocação em órgãos de assessoramento, controle e gestão institucional, constantes da estrutura organizacional da Câmara.
Segundo a administração, os estagiários receberão mensalmente o valor equivalente a um salário mínimo e meio nacional e o vale-transporte, correspondente a duas passagens diárias de ônibus do transporte coletivo da cidade.
A duração do estágio será ajustada entre as partes interessadas, obedecendo-se o limite mínimo de seis meses e o máximo de vinte e quatro meses, afirmou a administração.