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CotidianoCaminhões levam últimas peças do avião que caiu e matou 62 pessoas em Vinhedo

Caminhões levam últimas peças do avião que caiu e matou 62 pessoas em Vinhedo

Destroços de avião da Voepass que caiu em Vinhedo na semana passada serão levados para Ribeirão Preto

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O último contêiner com peças do avião ATR-72-500, que caiu em um condomínio em Vinhedo na semana passada e matou 62 pessoas a bordo, foi removido do local neste sábado (17). Os destroços, que haviam sido transferidos temporariamente para Barão Geraldo, em Campinas, foram encaminhados para Ribeirão Preto, onde está localizada a sede da Voepass.

A empresa informou que as bagagens das vítimas já foram recolhidas e estão passando por um processo de limpeza e separação. Outros pertences pessoais ainda estão sendo recuperados e devem seguir o mesmo procedimento. Todos os objetos das vítimas também serão encaminhados para Ribeirão Preto, segundo a companhia.

A tragédia aconteceu na última sexta-feira (9) por volta de 13h20. O voo 2283 da Voepass deixou Cascavel, no Paraná, e tinha como destino o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, mas caiu no condomínio Recanto Florido, em Vinhedo. A FAB (Força Aérea Brasileira), a PF (Polícia Federal) e a Polícia Civil de São Paulo investigam o que causou o acidente.

Operação de retirada dos destroços do avião

A operação de retirada dos destroços do avião que caiu em Vinhedo e matou 62 pessoas começou a ser realizada no último domingo (11).

No primeiro dia de trabalho, um guindaste entrou no condomínio Recanto Florido, local da queda, e içou asas e cauda. Outro caminhão também acessou a área para transportar os motores.

No domingo (11), após a remoção dos corpos, os motores e a cauda da aeronave foram levados para análise pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes).

O que causou a queda do avião em Vinhedo?

A transcrição do áudio da caixa-preta, obtida com exclusividade pelo Jornal Nacional na última quarta-feira (14), mostra que, ao perceber que o avião estava perdendo sustentação, o copiloto disse que era preciso “dar potência” – uma tentativa de estabilizar a aeronave e impedir a queda. Mas isso, infelizmente, não foi possível.

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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo. Neste tempo, segundo os investigadores, o áudio registra que a tripulação tentou reagir. A gravação é finalizada com gritos e com o estrondo do choque da aeronave contra o chão.

As cerca de duas horas de transcrição foram feitas pelo laboratório de leitura e análise de dados do Cenipa. Mas, segundo os investigadores, a análise do áudio da cabine, sozinha, não é capaz de cravar uma causa aparente para a queda. Isso porque o ATR 72-500 tem as hélices da parte de cima da fuselagem muito próximas da cabine de comando, o que provocou muito barulho e aumentou a dificuldade para decifrar os diálogos gravados.

Mesmo assim, em uma análise preliminar, o Cenipa não identificou sons característicos de alertas que poderiam “guiar” a investigação sobre as causas, como o alarme de presença de fogo, falha elétrica ou pane no motor.

Então, qual é a principal hipótese?

Os dados da caixa-preta, nessa primeira avaliação, ainda não permitem confirmar ou descartar a principal hipótese levantada pelos especialistas nos últimos dias: a de que o avião teria caído em razão da formação de gelo nas asas, seguida de uma perda de estabilidade (“estol”, no jargão). Meteorologistas do Climatempo apontaram “áreas de instabilidade” e 35% de formação de gelo nas proximidades do local onde o avião caiu.

A confirmação da causa do acidente vai depender da análise de mais registros das caixas-pretas e da combinação de todas essas informações.

O relatório preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias. Nesse prazo, os investigadores esperam desvendar o “contexto” da tragédia, considerado nebuloso até o momento.

Engenheiros da empresa francesa ATR, fabricante do avião, e da canadense Pratt&Whitney, fabricante do motor, além de representantes da BEA e da TSB, órgãos responsáveis pela segurança dos voos nos dois países, auxiliam na apuração.

O que diz a Voepass

O CEO da Voepass Linhas Aéreas, Eduardo Busch, afirmou que os pilotos eram experientes e que os sistemas operacionais da aeronave estavam todos em funcionamento no momento da decolagem.

“A Voepass Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação”.

No primeiro pronunciamento após a tragédia, o presidente da companhia Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, expressou solidariedade às famílias das vítimas e destacou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança – veja o vídeo aqui.

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Laura Nardi
Laura Nardi
Assistente de Mídias Digitais no ACidade ON Campinas. Graduanda em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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