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CotidianoCampinas alerta para risco de ‘explosão de dengue" após aumento de larvas em amostras

Campinas alerta para risco de ‘explosão de dengue” após aumento de larvas em amostras

Segundo a Prefeitura de Campinas, chuvas provocaram aumento de criadouros do mosquito; 90% das amostras da cidade continham larvas
 

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Mosquito Aedes aegypti (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Mosquito Aedes aegypti (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

 

A Prefeitura de Campinas fez um alerta para risco de “explosão” de casos de dengue na cidade. Segundo a Saúde, a ADL (Avaliação de Densidade Larvária), que está em andamento neste mês de janeiro, mostra que 90% das amostras coletadas na cidade contêm larvas do mosquito Aedes aegypti. Como comparação, em outubro, 61% das amostras na cidade apresentaram larvas.

Os números foram considerados preocupantes e acenderam o alerta na Administração Municipal, fazendo o comitê de arboviroses anunciar a intensificação nas ações de prevenção. Uma das justificativas citadas para o aumento das amostras é a frequência da chuva, que faz crescer o número de criadouros.

SITUAÇÃO DE ALERTA

Segundo o levantamento divulgado pela Saúde, até o dia 30 de janeiro, já foram confirmados 36 casos de dengue em Campinas.

“Na terceira semana epidemiológica de janeiro, a cidade está em Situação de Alerta (laranja), segundo o InfoDengue da Fiocruz, que monitora dados e as condições climáticas para transmissão de arbovirores. A previsão de continuidade das chuvas agrava o prognóstico da situação”, informou a Prefeitura.

Em 2022, foram confirmados pelo menos 11.259 casos de dengue em Campinas. O número pode ser ainda maior, pois ainda faltam resultados de exames coletados no final do ano. Quatro pessoas morreram em decorrência da doença.De chikungunya  foram 19 casos confirmados no ano passado. De 2021 até início deste ano, não foram confirmados casos de zica em Campinas.

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AMOSTRAS

A ADL é uma atividade de vistoria de imóveis para quantificar a infestação de mosquitos em todas as áreas da cidade. Em janeiro de 2022, 61% das amostras avaliadas pela equipe da Unidade de Vigilância em Zoonoses apresentaram larvas do Aedes.

Segundo números mostrados pelo coordenador de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, em fevereiro 2019, 58% das amostras de larvas eram do Aedes aegypti e, naquele ano, a cidade teve 26.341 casos confirmados de dengue.

“Com as chuvas, o número de criadouros cresceu muito. Neste ano, o trabalho de combate ao Aedes terá que ser mais intenso. Campinas está no limiar favorável para uma aceleração da transmissão das arboviroses por causa do aumento dos mosquitos Aedes”, afirmou.

Segundo ele além das confirmações neste ano, ainda há vários casos em investigação para a dengue na cidade, acima do que era esperado para as primeiras semanas do ano, e os números devem crescer.

A CHUVA

O coordenador da Defesa Civil de Campinas, Sidney Furtado, também alertou para o risco de explosão nos casos, citando ainda a previsão de mais chuvas fortes na cidade. Até o fim da semana, Campinas tem alerta de risco de mais temporais e acumulados elevados e a união de chuva/água e calor aceleram o ciclo de reprodução do mosquito transmissor das arboviroses.

“Vai chover mais. Há tendência de agravamento das arboviroses neste ano. Temos que estar todos preparados para combater, mitigar, minimizar a situação para evitar impactar a Saúde Pública”, afirmou.

Durante a para apresentação do plano de contingência para o enfrentamento das arboviroses o prefeito Dário Saadi indicou a preocupação da Administração. 

“O histórico de chuvas em janeiro muito acima da média é diretamente proporcional ao aumento de risco, por causa de mais criadouros”, enfatizou o prefeito. Segundo Dário, antes que o resultado impacte o atendimento da Saúde, com a alta na procura pela rede municipal de assistência, é preciso agir.

“O enfrentamento é de toda a gestão, de todas as secretarias, é de toda a Prefeitura buscando envolver e mobilizar roda a população, porque a maioria dos criadouros está dentro das casas e nos quintais das pessoas”, lembrou.

COMBATE JÁ

A diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas,  Andrea von Zuben,afirma que  há necessidade na eliminação o mais rápido possível.

“A oportunidade é agora. Precisamos trabalhar para eliminar o mosquito na fase aquática. Identificar os casos suspeitos da doença, com busca ativa de casos e criadouros para trabalhar nas áreas de transmissão na cidade. Mas não adianta esperar para fazer as ações de campo, como nebulização para matar o mosquito adulto que já está voando e transmitindo a doença. Precisamos eliminar os criadouros”, disse.

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