A secretaria de Saúde de Campinas confirmou, nesta segunda-feira (10), um novo caso de febre maculosa em 2024. A paciente, uma mulher de 63 anos que mora na área de abrangência do CS (Centro de Saúde) Vila Rica, apresentou sintomas em outubro do ano passado e foi curada. O local provável de infecção não pôde ser determinado.
Com essa atualização, Campinas encerrou 2024 com sete casos confirmados da doença, incluindo um óbito registrado em maio. Os demais pacientes infectados ao longo do ano – em junho, agosto e outubro – se recuperaram.
De acordo com a Prefeitura, em comparação com os últimos 17 anos, a cidade teve a menor taxa de letalidade da doença, abaixo da média estadual. Até o momento, não há registros de febre maculosa em 2025.
Prevenção e monitoramento
A Administração Municipal reforça que estão sinalizadas todas as áreas públicas municipais onde há risco de febre maculosa brasileira por serem sujeitas à presença do carrapato-estrela que pode estar infectado.
Desde setembro de 2024, o município iniciou um projeto de controle reprodutivo das capivaras, animais hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Cerca de 200 capivaras serão esterilizadas em locais como a Lagoa do Taquaral, Lago do Café, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e Parque das Águas.
Além disso, ações educativas são promovidas continuamente. Desde 2023, a secretaria de Saúde já realizou 263 atividades, incluindo palestras, oficinas e capacitações.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença grave causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado. Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça e dor no corpo, com piora progressiva e surgem de dois a 14 dias após a picada do carrapato infectado, podendo ser confundidos com outras doenças, como dengue, leptospirose, gripe e covid-19.
Tratamento
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado logo nos primeiros dias de sintomas para evitar agravamento e possível óbito.
Dicas para evitar a doença
- Evite caminhar, sentar e deitar na grama e nos locais com acúmulo de folhas secas caídas. Os carrapatos se concentram em áreas de sombra;
- Evite se aproximar e permanecer às margens de rios, lagos, lagoas e dos animais presentes no local;
- Faça piquenique, comemoração, ensaio fotográfico e atividade física nas áreas pavimentadas;
- Use roupas claras, observe o corpo e as roupas. Se algum carrapato chegar até você será mais fácil enxergar;
- Use repelente com eficiência comprovada contra carrapatos. Passe na pele exposta, sapato e roupa;
- Após ter frequentado áreas com vegetação, vistorie o corpo e roupas em busca de carrapatos;
- Encontrou um carrapato? Retire com cuidado, sem esmagar, de preferência usando uma pinça e lave o local com água e sabão;
- Em casa, tome banho quente e use bucha vegetal fazendo movimento circular. Se tiver algum carrapato na pele, a bucha ajuda a retirar;
- Ao visitar áreas verdes e parques da cidade, respeite as orientações das placas de informação;
- O carrapato de cachorro não é da mesma espécie do carrapato-estrela. Porém, se o seu pet frequenta área de risco, ele pode ser infestado pelo carrapato-estrela e levá-lo para casa.
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