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CotidianoCampinas confirma primeira morte por febre amarela na cidade

Campinas confirma primeira morte por febre amarela na cidade

Secretaria de Saúde confirma primeiro óbito por febre amarela em Campinas neste ano; vítima morava em área rural e não era vacinada

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A secretaria de Saúde de Campinas confirmou, na noite desta quinta-feira (6), a primeira morte por febre amarela na cidade deste ano. O caso, único desde janeiro, refere-se a um homem de 39 anos que residia em área rural do distrito de Sousas, onde o risco de transmissão da doença é maior, de acordo com a Prefeitura.

O óbito ocorreu na última segunda-feira (3) e a causa foi confirmada no fim da tarde desta quinta-feira pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. De acordo com a Administração Municipal, o homem não era vacinado contra febre amarela.

Ele apresentou os primeiros sintomas da doença em 21 de janeiro e procurou por assistência em saúde no Hospital Walter Ferrari, em Jaguariúna, no dia 28 daquele mês. Na ocasião apresentava sinais hemorrágicos e insuficiência renal.

O último caso humano de febre amarela silvestre contraída em Campinas havia sido de um homem em 2017, que esteve na zona rural da área do CS (Centro de Saúde) Sousas. O caso daquele ano evoluiu para cura. Já a febre amarela urbana teve o último caso no Brasil em 1942.

Campinas amplia vacinação contra febre amarela com aplicação de doses em casa

A vacinação contra a febre amarela em Campinas ganhou um novo reforço com a aplicação de doses de casa em casa, feita por equipes de 26 centros de saúde. A estratégia tem como foco moradores de áreas rurais e regiões próximas a matas, consideradas de maior risco para a transmissão do vírus.

A recomendação da secretaria de Saúde é que todas as pessoas a partir de 9 meses que ainda não receberam a vacina procurem um centro de saúde. Quem já tomou uma dose ao longo da vida, a partir dos 5 anos, não precisa de reforço.

Na semana anterior, a Secretaria de Saúde já havia iniciado um trabalho temporário para intensificar a imunização em aproximadamente 1,9 mil residentes em 11 bairros de risco para a doença: Carlos Gomes, Gargantilha, Sousas, Joaquim Egídio, Xangrilá, Recanto dos Dourados, Bananal, Village, Jardim Paranapanema, Jardim São Vicente e Parque Jambeiro.

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Locais de vacinação em casa

A estratégia de vacinar de casa em casa amplia a ação e contempla locais que fazem parte da abrangência dos CSs e apresentam maior potencial de risco para transmissão. As unidades básicas participantes da iniciativa são:

  • Distrito Norte: Barão Geraldo, Jardim Eulina, Jardim Santa Mônica, Parque Santa Bárbara, Village, San Martin.
  • Distrito Suleste: Jardim Paranapanema, Vila Orozimbo Maia, Vila Ipê, Jardim Esmeraldina, Jardim São Vicente, Sousas, Joaquim Egídio.
  • Distrito Sul: Jardim São Domingos, Jardim Nova América, Jardim San Diego, Parque da Figueira, Carvalho de Moura.
  • Distrito Leste: Carlos Gomes, Taquaral, Vila 31 de Março.
  • Distrito Noroeste: Campina Grande, Parque Floresta, Santa Rosa.
  • Distrito Sudoeste: Jardim São Cristóvão, União de Bairros.

“A vacinação contra febre amarela é a principal estratégia de prevenção e controle da doença, sendo essencial para a proteção da saúde.” – Chaúla Vizelli, coordenadora do Programa de Imunização.

A Saúde realizou na tarde de ontem (5) vacinação de casa em casa na região do CS Joaquim Egídio. “Eu acho importante vir nas casas. Como eu não tinha certeza se já tomei, recebi a vacina de novo”, explicou o leiteiro Ronaldo Benetti.

Quem deve se vacinar?

  • Crianças de 6 a 8 meses: recebem uma dose e precisam completar o esquema vacinal aos 9 meses e aos 4 anos.
  • Idosos a partir de 60 anos: a aplicação depende da avaliação médica.
  • Gestantes e lactantes (bebês de até 6 meses): devem suspender a amamentação por 10 dias após a vacina.
  • Pessoas que frequentam áreas de mata ou zona rural.

Em 2024, a cobertura vacinal em Campinas chegou a 83,6%, ainda abaixo da meta de 95% do Ministério da Saúde, mas superior aos anos anteriores.

Proteção e sintomas

Os macacos não transmitem a febre amarela, apenas servem como sinal de alerta para a circulação do vírus. Agredir ou matar esses animais é crime ambiental.

Além da vacina, o uso de repelentes é recomendado para evitar a picada do mosquito transmissor. Viajantes para áreas de risco devem se imunizar pelo menos 15 dias antes do embarque.

Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas, vômitos, olhos amarelados ou sangramentos, a orientação é procurar imediatamente um centro de saúde.

As doses estão disponíveis nos centros de saúde conforme os horários de atendimento, que podem ser consultados no site da prefeitura.

Reforço em ações

A medida de reforço na imunização para residentes em áreas de risco e viajantes foi alinhada pela Saúde junto ao governo do Estado e ocorre após casos confirmados de febre amarela em cidades próximas localizadas em São Paulo e Minas Gerais: Socorro, Tuiuti, Joanópolis e Camanducaia.

Além disso, a Pasta encontrou em 20 de janeiro um macaco morto na região do bairro Carlos Gomes que testou positivo para a doença.

Há ainda, neste momento, surto em animais nas cidades de Ribeirão Preto, Pedra Bela, Bragança, Pinhalzinho e Socorro. Os macacos não são transmissores, mas, sim, vítimas da doença.

Os registros de febre amarela em cidades da região indicam a circulação do vírus da febre amarela e o aumento do risco de infecção para pessoas expostas ao mosquito transmissor em áreas de floresta, mata fechada, borda de mata e regiões rurais nos dois estados.

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