O Islu (Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana) apontou que Campinas é a terceira cidade mais limpa do Brasil. A metrópole ficou atrás apenas de Florianópolis, com 537 mil habitantes, e de Blumenau, com 361 mil. O estudo avaliou 3.947 municípios.
Os critérios de avaliação abrangem a eficiência na coleta de lixo, a recuperação de resíduos por meio da reciclagem e a correta destinação para o aterro sanitário.
Como o índice funciona?
O índice utiliza uma única nota que varia de 0 (baixo desenvolvimento) a 1 (elevado desenvolvimento), onde os resultados foram os seguintes:
- 1º lugar: Florianópolis 0,757
- 2º lugar: Blumenau 0,748
- 3º lugar: Campinas 0,741
O Islu é uma ferramenta que mede o grau de adesão dos municípios brasileiros às diretrizes e metas da Política de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei Federal 12.305/10 e é uma parceria técnica da empresa PricewaterhouseCoopers (PwC) e da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).
Dados da coleta em Campinas
Campinas coleta 1.300 toneladas por dia de resíduos orgânicos em 100% do seu território, inclusive na área rural. Desse total, 400 toneladas são coletadas em contêineres. Isso significa que população pode dispor os resíduos durante 24 horas por dia em caixas coletoras próximas às suas residências.
Segundo a Administração, a cidade conta com seis mil contêineres e mais três mil serão instalados no próximo ano. Ao todo serão nove mil. A intenção é que até 2030, a coleta de toda a cidade esteja 100% neste modelo.
Lixo reciclado
Segundo informações da Prefeitura, Campinas recicla apenas 6% do lixo gerado com cooperativas que coletam e reaproveitam o material. De qualquer forma, é melhor do que a média brasileira, que é de apenas 2%. Isso significa que Campinas está 200% acima da média do País.
Usina Verde
A Usina Verde – que transforma 100 toneladas de galhos e de lodo de esgoto em adubo orgânico, por dia – deixa de enviar esse “lixo” diariamente para o aterro. Com isso, não produz gás metano, um dos responsáveis pelo aquecimento global.
“Os avanços foram muitos. Evoluímos para o contêiner. Mas ainda temos muitos desafios. Um dos principais é separar o resíduo orgânico do resíduo seco, reciclá-los e transformá-los. Mas o grande desafio no gerenciamento de resíduos é não gerar lixo: o lixo zero, que é um objetivo a ser seguido. Consumir apenas o que é necessário, para acabar com o residual. Esta é uma meta que temos para futuras gerações”, disse o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paullela.
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