A Prefeitura de Campinas vai abrir nesta sexta-feira (10) um edital para que empresas, comércios e condomínios forneçam as imagens dos sistemas de segurança à CIMCamp (Central Integrada de Monitoramento de Campinas).
O programa “Monitora Campinas” foi anunciado nesta quinta (9) e vai ampliar a capacidade de monitoramento e permitir que as forças policiais da cidade verifiquem atitudes suspeitas e reajam a crimes e em situações de emergência.
Atualmente, o município conta com 500 equipamentos espalhados por espaços públicos e vias de acesso e saída, mas o intuito é chegar a 2 mil em várias regiões a partir da permissão dos responsáveis pelos estabelecimentos participantes.
“As câmeras serão acessadas quando as equipes forem chamadas. As empresas assinarão um termo que permite o acesso às imagens das partes externas quando houver suspeita, ou quando o responsável fizer a solicitação. O município, por lei, não pode monitorar dentro”, explica o prefeito Dário Saadi (Republicanos).
Ainda segundo o prefeito, o anúncio é resultado de uma demanda do setor produtivo e de uma análise da Cimcamp. Em anos anteriores, ações semelhantes foram feitas em locais pontuais. “O que muda hoje é a capacidade para receber adesão. Antes, eram projetos-pilotos com postos, shoppings e bancos”, finaliza.
Não há prazo para as inscrições e as regras e o edital serão publicados na edição de amanhã do DOM (Diário Oficial do Município), no site da Prefeitura. Nesta fase inicial da medida, somente pessoas jurídicas poderão participar. Além disso, as empresas devem ter os sistemas compatíveis com a central (veja mais abaixo).
COMO VAI FUNCIONAR
Não haverá custos para as empresas e a adesão será voluntária. “Não há ônus para o interessado e para o poder público. É uma iniciativa totalmente gratuita. Haverá um guarda municipal disponível para o programa 24 horas por dia e sete dias por semana”, explica o secretário municipal de Segurança Pública, Christiano Biggi.
De acordo com o diretor da Cimcamp, Carlos Passos, as viaturas da GM (Guarda Municipal) e da PM (Polícia Militar) serão acionadas imediatamente diante da suspeita ou da confirmação de um crime. O processo vai seguir os moldes do que já acontece atualmente, através do alerta feito pela Cecom (Central de Comunicação).
“Dentro da Cimcamp um guarda vai visualizar o chamado e acionar imediatamente a Cecom para que uma viatura atenda a ocorrência. Será da mesma forma”, explica Passos, que também detalha que as imagens das câmeras não serão arquivadas pela central, mas poderão ser transmitidas pela empresa, caso a ação já tenha ocorrido.
Além disso, a comunicação entre o responsável indicado pelo estabelecimento e a central será feita por um meio pré-definido. Um treinamento também será oferecido aos inscritos no programa. “A gente pretende oferecer uma capacitação para que identifiquem quais situações precisam ser comunicadas”, completa ele.
QUEM PODE PARTICIPAR
No início do programa, somente pessoas jurídicas poderão participar. A adesão será feita após a entrega de documentos, como contrato social, CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e informações sobre o sistema de monitoramento, que precisa ser compatível com a plataforma tecnológica que é usada pela Cimcamp.
Além da compatibilidade dos equipamentos e do software, o programa requer também que as câmeras estejam instaladas em lugares considerados estratégicos para a segurança pública e que as imagens tenham boa qualidade. Também será exigido bom desempenho de conexão para o envio das imagens gravadas à central.
Para acessar as informações básicas do “Monitora Mais”, o interessado pode acessar o banner do programa no site da Prefeitura de Campinas, ou enviar e-mail para monitora@campinas.sp.gov.br. O cadastro será avaliado por uma comissão.