A Prefeitura de Campinas pretende evitar 903 mortes no trânsito nos próximos dez anos. Para isso, apresentou ontem (16) o PSV (Plano de Segurança Viária) 2023-2032.
Em 2022, por exemplo, foram registradas 13,26 mortes para cada 100 mil habitantes no trânsito de Campinas. Mas, pela estimativa da Administração, esse índice cairá para 3,38 a cada 100 mil em 2032, por meio do plano viário apresentado nesta sexta-feira.
afirmou o prefeito Dário Saadi (Republicanos) na apresentação do plano.
“Campinas é a nona cidade do País em número de veículos. Como médico, sei que a dor da perda por um acidente de trânsito é terrível, principalmente para as famílias”
Campinas: veja os dados atuais de mortes no trânsito
Campinas teve 161 mortes no trânsito em 2023, uma alta de 7,3% em relação a 2022, e a maior quantidade de óbitos desde 2016 – segundo dados do Infosiga-SP (Sistema de Informações de Acidentes de Trânsito em São Paulo).
Ainda de acordo com o sistema, 51,5% do total das mortes de 2023 foram de motoristas ou passageiros de motos.
No total foram 161 óbitos, com 81 envolvendo motocicletas.
Eixos de atuação do PSV 2023-2032
- Gestão e Coordenação
- Mobilidade e Vias Seguras
- Fiscalização
- Dados e Evidências
- Comunicação e Educação
- Atendimento às vítimas
Como será executado o plano para evitar mortes no trânsito?
O plano será executado em quatro fases, sendo a primeira entre 2023 e 2025, focando em “mudar o paradigma”, segundo a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas).
“Estamos falando de salvar vidas, é um plano audacioso. Esse trabalho já começou, com esforços em campanhas educativas, obras de geometria e em pontos de acidentalidade, além da instalação de 18 radares em vias que mais concentraram os sinistros. E, num raio de 300 metros dos novos radares, nenhuma morte foi registrada. Com uma das campanhas, a JBD Morte Zero, conseguimos reduzir os óbitos no trânsito. Em 2021, foram 13 mortes, em 2022, foram oito e, em 2023, seis óbitos foram registrados”, declarou o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.
Ainda de acordo com a empresa, as metas estão alinhadas ao “compromisso da década de ação para segurança global no trânsito da ONU e do plano nacional de reeducação de mortes e lesões no trânsito”, destacando ainda que os conceitos estabelecem que “nenhuma morte no trânsito é aceitável”.
O plano começou a ser desenvolvido no ano passado com 81 ações previstas.
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