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CotidianoCampinas tem 597 notificações de violência contra a mulher

Campinas tem 597 notificações de violência contra a mulher

Dados se referem ao período de janeiro a junho deste ano; notificadores mudaram na pandemia

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Dados do Sisnov foram apresentados em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Dados do Sisnov foram apresentados em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

 

A Prefeitura de Campinas divulgou na tarde desta sexta-feira (3) uma edição especial do boletim Sisnov (Sistema de Notificação de Violências) na qual confirmou 597 notificações de violência contra o sexo feminino de janeiro a junho deste ano. Os dados foram detalhados por faixa etária e região (veja abaixo).

As informações reunidas pelo Sisnov são resultados de parcerias com secretarias, conselhos tutelares, hospitais, o IML (Instituto Médico Legal) e também ONGs conveniadas. O objetivo é criar medidas de políticas públicas para melhorar os registros e para que as vítimas sejam acolhidas pelos serviços assistenciais.

FAIXA ETÁRIA

A maioria das mulheres vítimas de violência no primeiro semestre deste ano em Campinas tinham entre 20 e 59 anos, mas também foram registrados casos contra crianças entre 0 e 9 anos e adolescentes e jovens dos 10 aos 19 anos.

0 a 9 anos: 120
10 a 19 anos: 145
20 a 59 anos: 306
60 anos ou mais: 26

TIPOS DE VIOLÊNCIA

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A violência física teve 205 casos em seis meses. A violência sexual aparece em logo em seguida na lista, com 17. Além disso, foram 87 tentativas de suicídio na cidade.

Os dados mostram ainda que os cônjuges das vítimas foram os agressores em 127 registros. A agressão da vítima contra si mesmo foi a causa de 93 ocorrências. Já entre as agredidas, 81 delas foram violentadas por uma pessoa conhecida, amigo.

REGIÃO

O Sisnov também detalhou o número de notificações em cada região do município. O boletim informou que um caso reportado não teve a localização especificada.

Noroeste: 143
Sul: 137
Sudoeste: 109
Norte: 89
Leste: 67

NOTIFICADORES MUDARAM

Ainda conforme o detalhamento divulgado pela Prefeitura, os números coletados mostram que em 2019 foram 1.415 notificações em 21 meses. Já em 2020, no mesmo período, foram registrados 1.179 casos. A diminuição, portanto, foi de 16%.

A enfermeira responsável pelo banco de dados, Ana Paula Crivelaro Ferreira, faz um alerta. “A violência diminuiu, ou as notificações diminuíram? Elas são mesmo a realidade? O que a gente precisa fazer para que voltem a acontecer?”, reflete ela.

Crivelaro também explica que os notificadores mudaram na pandemia. O Ceamo (Centro de Referência e Apoio à Mulher), por exemplo, teve queda desde o ano passado. Já o Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) teve aumento.

“A gente precisa entender essa realidade. O Caism atende as mulheres na fase aguda, porque as vítimas, sejam adultas, adolescentes, ou crianças, chegam lá em completa necessidade. A vítima está em um momento mais vulnerável”, explica.

Os dados do Sisnov podem ser acessados no link sisnov.campinas.sp.gov.br.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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