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CotidianoCampinas tem alta de 42% em registros de violência contra crianças em 2 anos

Campinas tem alta de 42% em registros de violência contra crianças em 2 anos

De acordo com levantamento, foram 698 registros em 2020, contra 996 em 2022; violência sexual e casos de negligência lideram ranking

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A Prefeitura de Campinas registrou um aumento de 42,6% no número de registros de violência contra crianças e adolescentes em apenas dois anos. De acordo com o levantamento, foram 698 registros em 2020, contra 996 em 2022. O balanço enviado à EPTV Campinas inclui casos notificados pela secretaria de Assistência Social da cidade, como registros de violência sexual, física e psicológica, negligência, trabalho infantil, abandono e até bullying.

Veja os registros por ano em Campinas:

  • 2020: 698 casos
  • 2021: 958 casos
     
  • 2022: 996 casos

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TIPOS DE VIOLÊNCIA

Em relação aos tipos de violência, houve uma mudança ao longo dos anos.

Em 2020, os casos de negligência estavam em primeiro lugar, sendo seguidos por registros de violência sexual. Em 2021, o cenário foi o mesmo.

Já em 2022, a violência sexual apareceu na primeira posição, sendo seguida por casos de negligência. Além disso, os casos de tortura também apresentaram um aumento.

Em 2021, foi registrado apenas um caso. Já no ano passado foram registrados três casos.

“Identificamos que a maioria das violências sexuais que ocorrem, elas acontecem dentro do lar. E na pandemia, as crianças e os adolescentes estavam dentro de casa. No periodo não havia o funcionamento pleno das redes de proteção. Então, com o retorno das atividades, principalmente das escolas, que são os principais notificadores, a gente percebeu esse aumento da violência sexual a despeito do anterior, que era a negligência”, afirma a secretária de Assistência Social, Vandecleya Moro.

PERFIL

Em relação à idade, 27% das notificações foram relacionadas a adolescentes de 13 a 15 anos em 2020. No ano seguinte, bebês com até 11 meses aparecem como as principais vítimas, com 110 registros.

Em 2022, os dois perfis permaneceram com o maior número de casos.

O levantamento ainda aponta que a violência praticada contra meninas representa quase 62% dos registros realizados no ano passada. No mesmo ano, as notificações relacionadas aos meninos correspondem a 38% do total.

A secretária reforça a importância da denúncia em casos de violência contra crianças e adolescentes e informa que a notificação pode ser anônima.

“Mesmo que seja suspeita, faça a denúncia. A gente está falando de vidas, de crianças e adolescentes, que são o futuro. É nossa responsabilidade, seja um familiar ou vizinho. Sempre que identificar algum tipo de violência ou suspeitar de violência, as pessoas podem fazer a denúncia pelo disque 100, se identificando ou denúncia anônima”, afirmou a secretária.

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