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CampinasCotidianoCasos de bronquiolite crescem mais de 30% na região de Campinas

Casos de bronquiolite crescem mais de 30% na região de Campinas

Doença é causada por vírus com maior circulação no outono e inverno; crianças de até dois anos são maior grupo de risco para bronquiolite

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A região de Campinas registrou um aumento de mais de 30% nos casos de bronquiolite, doença respiratória perigosa, especialmente entre crianças menores de dois anos. No Departamento Regional de Saúde da metrópole, foram registrados 2.788 atendimentos no ano passado, um aumento de 32,7% em relação a 2023.

Aumento expressivo em Piracicaba

Em Piracicaba, o crescimento dos casos foi ainda mais significativo. De acordo com o Departamento Regional de Saúde da cidade, em 2024, foram realizados 1.279 atendimentos, enquanto em 2023 o número foi de 613 — um aumento de quase 109%.

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O que é bronquiolite?

A bronquiolite é uma síndrome respiratória que acomete as vias aéreas inferiores, dificultando a chegada de oxigênio aos pulmões. O vírus se multiplica nas células do aparelho respiratório superior e, inicialmente, provoca sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, mas pode evoluir para quadros mais graves.

“Ela é uma doença viral que vai afetar aquela última parte do pulmão, que começa a ficar inflamada e produzir muita secreção, fazendo com que a criança tenha desconforto respiratório”,

explica a pediatra Tatiane Franco.

Causas e períodos de maior risco

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 80% dos casos de bronquiolite são causados pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), responsável também por 40% dos casos de pneumonia em crianças menores de dois anos.

O vírus costuma circular com maior intensidade no outono e no inverno, períodos em que os casos de bronquiolite aumentam significativamente. Segundo a pediatra, os casos são mais comuns até junho, e os bebês com até dois anos estão no grupo de maior risco.

“A gente fala que os bebês podem fadigar com maior facilidade. Ele pode ter muita falta de ar, precisar de suplementação de oxigênio e até precisar de internação. Por isso, é aquela faixa etária que temos que prestar mais atenção”,

explica.

Quais os sintomas da bronquiolite?

  • Corrimento nasal
  • Tosse
  • Dificuldade para respirar
  • Sibilos (sons agudos emitidos durante a respiração)
  • Febre

Nos bebês, a incapacidade de expectorar as secreções pode agravar os sintomas, levando a tosse intensa e dificuldade respiratória. Em casos assim, é fundamental procurar atendimento médico rapidamente.

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“Os seis primeiros dias temos que prestar atenção. A criança pode começar a ter movimentos no nariz buscando a respiração ou ter retração do buraquinho na garganta ou nas costelas. São sinais de cansaço para respirar, que também podem ser observados ao mamar, se a criança cansar muito”,

afirma a pediatra.

Existe vacina contra a doença?

A vacina contra o VSR já está disponível na rede privada. No SUS (Sistema Único de Saúde), o Ministério da Saúde informou que trabalha para disponibilizar a imunização para bebês e gestantes a partir do segundo semestre deste ano.

Quando a mulher é vacinada durante a gestação, o bebê fica protegido contra o vírus sincicial por até seis meses, fortalecendo a imunização e ampliando a proteção contra doenças respiratórias.

Até o momento, a principal opção de prevenção do VSR no SUS é o palivizumabe, indicado para bebês prematuros extremos (com até 28 semanas de gestação) e crianças de até dois anos com doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita grave.

Mesmo com a vacinação, os especialistas recomendam reforçar algumas medidas de prevenção.

Como proteger bebês e crianças da bronquiolite?

  • Higienizar as mãos ao segurar um bebê
  • Evitar locais com pouca ventilação ou com aglomeração de pessoas
  • Limpar superfícies e objetos que possam estar contaminados
  • Evitar contato com pessoas com síndrome gripal
  • Deixar as crianças em casa quando estiveram doentes, mesmo os irmãos que estão bem

Susto

A pedagoga Bruna Santos conhece bem os perigos da bronquiolite em crianças. Sua filha, Alice, teve a doença aos cinco meses e precisou realizar fisioterapia pulmonar.

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“Ela ficou muito ruim. Eu fiquei desesperada, porque estava bem cheio o peito dela, não era algo da minha cabeça. E ela só melhorou rápido por causa da fisioterapia”,

conta.

Após o susto, Bruna passou a ser mais cautelosa com o contato da filha com outras pessoas.

“Seja mãe mesmo. Pode falar para a pessoa não beijar, não abraçar. Ela tinha começado na creche naquela mesma semana, então eu não sei dizer de onde exatamente ela pegou, mas a gente tem que prestar atenção, principalmente aos sinais e sintomas”,

alerta.

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Giovanna Peterlevitz
Giovanna Peterlevitz
Repórter no ACidade On Campinas. Tem experiência na cobertura de grandes factuais nacionais e internacionais, nas diversas áreas de jornalismo. Já atuou em direção de imagens, edição de vídeo, produção, reportagem, redação e edição de textos e também na apresentação de telejornais e programas de entrevista.

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