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CotidianoCasos de gravidez na adolescência caem 17% em Campinas  

Casos de gravidez na adolescência caem 17% em Campinas  

Levantamento mostra que foram feitos 556 registros de maternidade na faixa de 10 a 19 anos em 2023

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Campinas teve uma queda de 17% em casos de gravidez na adolescência nos últimos dois anos, de acordo com a secretaria de Saúde. De janeiro a agosto foram 556 registros de maternidade na faixa de 10 a 19 anos, número inferior aos de 2022 e 2021 no mesmo período. 

Veja os dados registrados em cada ano: 

Até o segundo quadrimestre (de janeiro a agosto) 

  • 2021 – 670 (7,76% do total) 
  • 2022 – 602 (6,98% do total) 
  • 2023 – 556 (6,74% do total)  

Anual 

  • 2021 – 981 (7,66% do total) 
  • 2022 – 862 (6,81% do total) 
  • 2023 – dados ainda serão consolidados 

Os dados do terceiro quadrimestre de 2023 estão em fase de consolidação. 

A divulgação das estatísticas destaca o início da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que começa nesta quinta-feira (1º). Ela foi instituída por uma lei federal de 2019, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na faixa dos 10 aos 19 anos, quando é considerada precoce. 

Entenda a queda 

A coordenadora da Área da Mulher do Departamento de Saúde, Miriam Nobrega, explicou que um dos fatores que podem ter contribuído para a queda nesse índice de gravidez é a anticoncepção na adolescência como uma prioridade da Pasta.  

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O uso de métodos contraceptivos reversíveis de longa duração tem sido incentivado, inclusive com inclusão de adolescentes no protocolo do município de uso do implante subdérmico de etonogestrel e do dispositivo intrauterino de levonorgestrel. 

Perfil dos casos de gravidez na adolescência 

Nobrega conta que a vulnerabilidade social é um fator que influencia bastante nos resultados do perfil das adolescentes que engravidam. “Em 2022, foi de 6,9% do total de nascidos vivos, sendo que 6,2% são usuárias do SUS e 0,7% de convênios. O dado demonstra a vulnerabilidade social impactando neste aspecto”, ressaltou. 

Fatores de predisposição 

Segundo a secretaria de Saúde, a lista com fatores de predisposição à gravidez na adolescência inclui: 

  • Desinformação sobre sexualidade, direitos sexuais e reprodutivos; 
  • Falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, com barreiras ao uso dos métodos contraceptivos; 
  • Questões emocionais, psicossociais e contextuais; 
  • Causas inerentes ao desenvolvimento psíquico ou fatores culturais: a adolescente tem pensamentos “mágicos” e inconscientes de ser amada ou de ser conquistada; 
  • Falta de um projeto de vida e expectativas de futuro e de educação; 
  • Pobreza, famílias disfuncionais e vulneráveis; 
  • Abuso de álcool e outras drogas; 
  • Situações de abandono, abuso/violência. 

Além desses aspectos, a gravidez pode refletir, por parte das adolescentes, como algo gratificante, do ponto de vista pessoal e afetivo, conforme pontua a Pasta. É um momento no qual as jovens imaginam e projetam o papel de mãe de forma positiva, irrealista e idealizada, identificando a tarefa de cuidar de um bebê como “fácil e divertida”. 

“Muitas vezes, a gravidez também é desejada pela jovem, inclusive como resposta ao meio que a circunda ou como forma de exercer a sexualidade, de ser incluída e aceita socialmente, ou ainda por gerar benefícios financeiros futuros para a família”. 

Orientações 

Dúvidas sobre aspectos que envolvem a gravidez na adolescência podem ser esclarecidas em todos os 67 centros de saúde de Campinas. Os endereços e horários estão no link (clique aqui).

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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