Fieis se reuniram na Catedral Metropolitana de Campinas, no Centro, para uma missa em memória das 62 vítimas do trágico acidente aéreo ocorrido em Vinhedo. A cerimônia, que teve início às 12h15, contou com a leitura dos nomes das vítimas – 58 passageiros e quatro tripulantes.
A cerimônia marca uma semana desde o desastre, que teve repercussão internacional. Às 19h30, uma segunda missa será realizada na cidade de Vinhedo, na Comunidade São Roque, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, presidida pelo arcebispo Dom João Inácio Muller.
A missa de sétimo dia é um importante ritual de luto na fé católica, que proporciona momentos de reflexão, oração coletiva e consolo para os familiares e amigos das vítimas. Hoje, sete dias após o acidente, a cerimônia serve para relembrar e honrar a memória dos falecidos.
A cor roxa, associada à penitência e ao luto, foi utilizada na missa em Campinas, alinhando-se à tradição de missas de finados. Além disso, o sino da Catedral, que só é tocado em ocasiões especiais, emitiu um toque fúnebre ao meio-dia em homenagem às vítimas.
Importância da missa em homenagens às vítimas
“Rezar essa missa é lembrar da nossa fé. Que nos cremos na vida eterna e por mais que a morte seja uma certeza que nos impõe cremos que Deus vai nos ressuscitar. Então essa missa se reza nessa esperança de uma eternidade feliz”, afirmou o padre Caio Augusto de Andrade pároco responsável pela Catedral.
Muitos fieis que compareceram a celebração de hoje em Campinas para orar em homenagem às vítimas. A aposentada Elvira Bertazzo, que mora em Campinas fez sua homenagem hoje. “Que Deus dê o descanso para eles e o conforto aos familiares porque é muito difícil para quem fica. Pai, mãe e irmãos. Mas Deus é maravilhoso e dá conforto para todo mundo”, afirmou.
O aposentado Domingos Luis da Silva também orou pelos mortos na tragédia. “A gente tem que rezar para eles, porque quando acontece um acidente, é um momento em que você não está esperando por uma morte. Faço oração todo dia e um terço todo dia. Vou lembrando e fazendo essa oração para eles”, afirmou.
Tragédia aérea completa uma semana
Hoje (16), uma semana depois do acidente, todos os corpos das vítimas já foram identificados, e 42 deles liberados para as famílias para serem sepultados.
Desde o dia da tragédia, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da FAB (Força Aérea Brasileira), a PF (Polícia Federal) e a Polícia Civil investigam as possíveis causas do acidente. Os trabalhos de investigação podem demorar meses e passam por diversas etapas de perícia, elaboração e apresentação de relatório, além de avaliação de causas e responsabilidades.
Com informações de Junia Vasconcellos/EPTV
Veja, aqui, o que se sabe e o que falta ser revelado sobre o acidente aéreo que é o quinto pior na história da aviação civil no Brasil em número de vítimas.
Ontem, a Polícia Federal divulgou imagens inéditas que foram feitas pela corporação usando um superdrone no local da queda do acidente. As imagens inéditas foram feitas com o auxílio de drones e de um scanner 3D e mostram como ficou o avião da Voepass. O material produzido no local foi processado no Instituto de Criminalística da Polícia Federal em Brasília (DF), e demorou três dias para ficar pronto. Ao todo, 22 pontos foram mapeados para cobrir todos os ângulos do avião acidentado.
Os peritos vão usar as imagens, cerca de 700 imagens, para fazer o laudo que será anexado ao inquérito que a PF abriu para verificar as responsabilidades pelo acidente (veja matéria completa aqui).
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