A Catedral Metropolitana de Campinas terá uma Santa Missa nesta segunda-feira (21), feriado de Tiradentes, em sufrágio da alma do Papa Francisco. A cerimônia ocorre no início da tarde e será conduzida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom João Inácio Muller. Antes disso, às 8h, todas as igrejas matrizes fizeram soar seus sinos 88 vezes em homenagem a ele (leia mais abaixo).
Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos às 2h35 no horário de Brasília. O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos e foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu.
Catedral de Campinas terá missa
A Santa Missa acontece às 12h15 e foi comunicada em nota publicada pela Arquidiocese Metropolitana de Campinas. “Diante desta perda para toda a Igreja, Dom João Inácio Muller, Arcebispo Metropolitano de Campinas, conclama todo o Povo de Deus a unir-se em fervorosa oração pelo descanso eterno do Sucessor de Pedro, pastor fiel e incansável servidor do Evangelho”, diz.
Segundo o comunicado, a cerimônia será conduzida “em sinal de comunhão e luto” e em sufrágio da alma do Papa Francisco. “Determina-se, ainda, que todas as Igrejas Matrizes da Arquidiocese façam soar seus sinos 88 vezes, ás 8h, em homenagem e prece ao Santo Padre”, detalhou a nota.
Papa Francisco será sepultado quando?
O velório de um papa sempre se torna um evento, até pelo tempo que demora (nove dias). Mas o papa Francisco buscou no ano passado simplificar esses ritos. E ele será enterrado em um caixão simples de madeira e fora do Vaticano, pela primeira vez em mais de um século.
Francisco renunciou a uma prática secular, segundo a qual o chefe da Igreja é enterrado em três caixões interligados feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Em vez disso, Francisco será enterrado em um único caixão de madeira revestido de zinco.
O uso de uma plataforma elevada na Basílica de São Pedro para o “velório”, como aconteceu com os pontífices anteriores, também foi abolido. Os fiéis serão convidados a prestar suas homenagens enquanto o corpo de Francisco ficará dentro do caixão, com a tampa aberta.
Segundo as últimas informações vaticanas, ele optou pelo enterro na Igreja de Santa Maria Maior em Roma, em vez da Basílica de São Pedro, que abriga mais de 90 papas.
A escolha foi por se tratar da igreja que Francisco tradicionalmente frequentava para fazer suas orações em Roma (diocese da qual era, oficialmente, o bispo). Antes dele, Leão XIII, em 1903, havia optado pelo enterro na igreja de São João de Latrão.
As instruções estão no “Ordo Exsequiarum Romani Pontificis”, aprovado em 29 de abril de 2024 pelo próprio papa Francisco, que recebeu o primeiro exemplar em 4 de novembro.
“Fez-se necessária uma nova edição – explicou à época o arcebispo Diego Ravelli, Mestre das Celebrações Litúrgicas dos Pontífices – antes de tudo porque o papa Francisco pediu, como ele mesmo declarou em diversas ocasiões, para simplificar e adaptar alguns ritos de forma que a celebração das exéquias do Bispo de Roma expressasse melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado”, disse. “O rito renovado, ademais, deveria enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não de uma pessoa poderosa deste mundo.”
A razão de não ser enterrado no Vaticano
Francisco declarou seu desejo de ser enterrado fora do Vaticano em 2023. “Quero ser sepultado em Santa Maria Maggiore por causa da minha grande devoção” pela Virgem, confidenciou à jornalista mexicana Valentina Alakraki. A devoção mariana é antiga: então cardeal Bergoglio frequentava a basílica ao lado da estação Termini já quando era arcebispo de Buenos Aires: “Sempre ia lá no domingo de manhã, quando eu estava em Roma.”
Voltou ao local uma centena de vezes, após cada uma de suas viagens apostólicas e nas festas litúrgicas marianas. Foi ainda o primeiro lugar em que foi após se tornar papa e que procurou durante a pandemia de covid-19. Curiosamente, trata-se da mesma forte devoção de Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, que ali celebrou sua primeira missa em 1538.
Por fim, o papa consegue deixar o Vaticano, no qual durante mais de uma vez se disse “engaiolado”. E, em uma sequência iniciada ao se recusar a ir para o Palácio Apostólico e optou por morar na Hospedaria Santa Marta, quebrou um último “protocolo” de seus antecessores.
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