A cidade de Mogi Mirim segue sem coleta de lixo domiciliar desde terça-feira (24), após a paralisação dos caminhões da empresa Plural, responsável pelo serviço no município. Sem a passagem do caminhão, o cenário nos bairros da cidade já é de lixo acumulado e mau cheiro.
Em nota publicada nesta quarta-feira (25), a Prefeitura de Mogi Mirim, por meio da secretaria de Serviços Municipais, afirmou que “o sistema de coleta entrou em colapso” desde terça-feira, quando a empresa parou de realizar a coleta nas residências. Neste momento, os caminhões estão estacionados no pátio e carregados de lixo.
Mas não são somente os caminhões e as ruas que estão cheios de sacos com restos, dejetos e rejeitos. O local em que os resíduos são separados antes de ir até um aterro sanitário de Conchal também está cheio e, segundo o sindicato que representa os trabalhadores de asseio e conservação em área urbana, há 200 toneladas de lixo no local de transbordo.
A moradora Claudineia Oliveira é uma das afetadas pela falta do serviço. Em contato com a reportagem da EPTV Campinas, que esteve no local nesta quinta-feira, ela demostrou indignação.
Fiquei surpresa mesmo com esse cenário. Meu lixo foi colocado na terça-feira e ainda está aqui. A rua começa a ficar com muito mal cheiro, os cachorros espalham o lixo. A rua fica muito suja. Não dá.
A Prefeitura indica que vem cumprindo com as obrigações contratuais previstas com a Plural e reiterou à reportagem que desde o início do ano tem aplicado multas à empresa responsável pelo serviço por causa do descumprimento contratual.
Ainda ontem, a Prefeitura deu um prazo de 24 horas para a empresa normalizar o serviço no município. Caso não haja o cumprimento dentro do prazo, que se encerra às 17h desta quinta-feira, irá tomar as medidas cabíveis para a regularização da prestação do serviço.
Outros problemas
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo também levantou outra questão que ainda precisa ser resolvida pela empresa. Segundo a entidade, os cinco caminhões que operam no serviço não estão adequados e atuam na cidade sem giroflex, câmera de ré e botão de emergência.
O que diz a Plural?
Em nota, a Plural afirma que tomou as medidas para voltar a prestar todos os serviços e alega que ocorreu um imprevisto na operação, o que que causou a interrupção total desde terça-feira. A empresa alega ainda que sofreu notificações e multas indevidas que comprometeram o orçamento. Sobre a condição dos caminhões, prometeu realizar os reparos.
A Plural também alega que o repasse do equilíbrio contratual, valor de reajuste anual, não foi repassado pela Prefeitura. Procurada, a Administração de Mogi Mirim afirma que o rapasse não aconteceu por conta das penalidades impostas à empresa e que a situação é prevista em lei.
Empresa terceirizada do Rio de Janeiro, a Plural Serviços Técnicos iniciou em 2022 as operações do serviço de coleta de lixo em Mogi Mirim. Os trabalhos da empresa estão sob a supervisão da secretaria de Serviços Municipais.
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