A região de Campinas tem duas cidades entre as 10 mais desenvolvidas em todo o país: Americana e Indaiatuba. A informação é do IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), divulgado nesta quinta-feira (8), com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023. A pesquisa da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) revelou que São Paulo é o estado com o maior número de cidades com alto nível de desenvolvimento socioeconômico no país.
Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Através dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores.
Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos:
- Entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico
- Entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo
- Entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado
- Entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto
Cidades da região entre as 10 mais desenvolvidas do país
Segundo os dados do IFDM, dos 645 municípios paulistas analisados, 18,6%, que respondem por 28,8 milhões de pessoas, estão entre os mais desenvolvidos. Águas de São Pedro, na região de Piracicaba, é a cidade mais bem avaliada nas análises estadual e nacional.
Americana aparece na quinta posição no ranking nacional e em terceiro lugar no desenvolvimento socioeconômico do estado. Com 237.240 habitantes, segundo dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município apresentou IFDM de 0.8813.
Desde o início da série histórica, em 2013, a cidade nunca saiu do top 10 do país, mantendo índices de desenvolvimento alto. Para o IFDM de 2025, que teve como ano-base 2023, Americana teve indicador de 0.8419 em Educação; 0.8246 em Saúde e 0.9703 em Emprego & Renda.
Já Indaiatuba, com 255.748 habitantes, fecha o top 10 do IFDM, ficando em quinto lugar na avaliação do estado, com índice de 0.8723. A cidade passou a manter indicadores de desenvolvimento alto desde 2018. Na edição deste ano, ficou com 0.8222 em Educação; 0.8302 em Saúde e 0.9646 em Emprego & Renda.
Campinas, maior cidade da região, com 1,1 milhão de habitantes, ficou na 35ª posição no ranking nacional e 23ª no estado. O IFDM registrado foi de 0.8529.
Veja o ranking das 10 cidades mais desenvolvidas do país:
- Águas de São Pedro (SP)
- São Caetano do Sul (SP)
- Curitiba (PR)
- Maringá (PR)
- Americana (SP)
- Toledo (PR)
- Marechal C. Rondon (PR)
- São José do Rio Preto (SP)
- Francisco Beltrão (PR)
- Indaiatuba (SP)
SP é destaque no alto nível de desenvolvimento
Apesar do estado de SP ter sido destaque com maior número de cidades com alto nível de desenvolvimento socioeconômico no país, o nível moderado ainda predomina, com 78,8% dos municípios na categoria, total de 16,9 milhões de habitantes. Já no cenário de baixo desenvolvimento estão 2,6% das cidades, com 134 mil pessoas. O estado também se destaca por não ter nenhum município com nível de desenvolvimento crítico.
A análise da edição deste ano ainda mostra que, de 2013 a 2023, o IFDM médio dos municípios do estado de São Paulo cresceu 14,1%, passando de 0,6417 para 0,7324 – referente a desenvolvimento moderado. O resultado colocou o IFDM paulista como o maior entre todos os estados brasileiros.
O avanço na década foi impulsionado principalmente por Educação, que registrou alta de 24,8%, seguido por Saúde (+15,5%) e, em menor escala, por Emprego & Renda (+4,2%). De acordo com a Firjan, esse movimento foi disseminado pelo estado, já que 630 das 645 cidades evoluíram frente a 2013.
Esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população. Enquanto São Paulo desponta com bons indicadores, o índice aponta que 47,3% das cidades brasileiras (2.625) ainda têm desenvolvimento socioeconômico baixo (2.376) ou crítico (249). São 57 milhões de pessoas vivendo nessa situação.
“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
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