
Membros do Congeapa (Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Campina), de entidades de defesa ambiental e da sociedade civil fez um ato em Sousas neste sábado (23) pedindo a suspensão da construção de duas barragens, uma no Rio Jaguari e outra no Rio Atibaia. O motivo do protesto é o impacto ambiental e social gerados na APA (Área de Proteção Ambiental) Campinas.
O ato foi o primeiro do grupo contra a barragem e foi na praça Beira-Rio com distribuição de panfletos, instalação de faixas e pronunciamento de ambientalistas. O grupo também chamou a população para uma audiência pública sobre o Planejo de Manejo da APA, marcado para o dia 25, em Joaquim Egídio, e a participarem de um abaixo-assinado (físico e virtual) contra a instalação das barragens.
Os reservatórios, um no rio Jaguari, nos municípios de Pedreira e Campinas, e outro no rio Camanducaia, em Amparo, serão construídos abaixo do Sistema Cantareira e criarão uma reserva hídrica estratégica na Bacia do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí).
Em Campinas, a construção da barragem gerará desmatamento de 20 hectares de mata nativa da APA, para inundar um total de 202 hectares da área protegida ambientalmente.
O GRUPO
O GT (Grupo de Trabalho) Barra Barragem tem uma série de alertas em relação às represas a serem construídas na APA. Em primeiro lugar, as entidades sustentam que a construção de barragens para reservar água é uma técnica ultrapassada.
Outra questão, segundo os integrantes do Barra Barragem, é destinação da água da Barragem de Pedreira, como o DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) batizou a represa a ser construída no Rio Jaguari.
Além disso, eles também afirmam que a construção das represas vai exigir a supressão de uma grande quantidade de vegetação, incluindo matas nativas, com ameaças à fauna, que inclui espécies em extinção.
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