
Pouco se sabe sobre Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, identificado como autor do ataque que terminou com cinco mortos - inclusive ele - na Catedral Metropolitana de Campinas, na tarde desta terça-feira (11).
A família tem evitado contato com a imprensa e a Polícia Civil, até agora, divulgou poucas informações sobre o atirador.
Sabe-se, por exemplo, que Euler morava com seu pai em um bolsão de segurança (bairro "fechado" pelos próprios moradores), a Colinas dos Álamos, em Valinhos. A casa é de classe média alta e ele vivia em um quarto isolado, onde não deixava ninguém entrar e ele mesmo fazia a limpeza. A mãe é falecida.
Antes disso, de 2009 a 2014, trabalhou como auxiliar de promotoria no Ministério Público em Campinas. Ele saiu da instituição após pedir exoneração. Antes, de 2003 a 2009, foi dono de uma loja de peças e acessórios de motocicletas na Avenida Washington Luiz.
Seu pai tem 92 anos e é deficiente auditivo. Ele disse à polícia que, ontem, seu filho saiu de casa às 12h, sem dizer para onde ia e depois de almoçar. O ataque foi por volta das 13h.
Ontem, a polícia foi até a casa do atirador. Lá, apreenderam um diário onde ele descrevia sobre perseguições e até anotava placas de carros. Ele acreditava que era perseguido. Para a polícia o pai disse que não sabia que o filho tinha armas, e a família imaginava que ele poderia cometer suicídio, mas não atirar em outras pessoas. Ele sofria de depressão.
RECLUSO
Segundo o diretor do Deinter de Campinas, José Henrique Ventura, Grandolpho era visto como alguém recluso, mas tranquilo. O delegado também disse que ele já passou pelo Caps (Centro de Atenção Psicossocial) para tratar uma depressão.
Na vizinhança, a reportagem da EPTV Campinas constatou que circulava a informação que Grandolpho tinha esquizofrenia.
A polícia busca informações justamente para descobrir a motivação do ataque. "Era uma pessoa muito retraída. A família tinha até medo de um suicídio", disse Ventura.
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