
Famosa em dias de baixas temperaturas, como as registradas em Campinas nesta semana, a sopa está ficando 'salgada' no preço para os consumidores.
Na Ceasa (Centrais de Abastecimento de Campinas), o quilo de alguns dos itens básicos na preparação da sopa - prato cotado nos dias de baixa temperatura como têm ocorrido - chegou a subir 103% na comparação com o mesmo período de 2021.
A maior variação de preços entre os anos é no quilo da cenoura. O legume era vendido a R$ 1,60 o quilo na terceira semana de maio de 2021. Agora, a cenoura é comercializada a R$ 3,25, mais que o dobro.
A mandioquinha, que antes custava R$ 5, agora custa R$ 9,44. Já a batata, base de muitas receitas de sopas e caldos, teve reajuste de 50% no mesmo período.
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Veja tabela abaixo do preço dos alimentos por kg, comparando o preço de maio de 2021 com o período atual:
- Cenoura: custava R$ 1,60, agora custa R$ 3,25;
- Mandioquinha: custava R$ 5,00, agora custa R$ 9,44;
- Abóbora Moranga: custava R$ 1,40, agora custa R$ 2,25;
- Batata inglesa: custava R$ 2,40, agora custa R$ 3,60;
- Cebola: custava R$ 2,75, agora custa R$ 4,00;
- Couve: custava R$ 2,75, agora custa R$ 5,63;
- Mandioca comum: antes custava R$ 1,74, agora custa R$ 2,17;
- Chuchu: antes custava R$ 0,90, agora custa R$ 1,25;
- Milho verde: antes custava R$ 150, agora custa R$ 2,00.
ALTA NO PREÇO
O comerciante Arialdo José dos Santos, que vende sopas e caldos em Campinas, conta que os gastos aumentaram mais com os preços dos ingredientes subindo.
"Costela subiu, carne subiu, mocotó subiu, legumes subiu, a gente tá segurando o máximo que dá para passar para os nossos clientes", disse, afirmando que teve que aumentar o preço dos produtos.
"Hoje o caldo meu sai a R$ 16, antes vendia a R$ 11. Tive que aumentar devido aos preços que subiram. Estou tentando segurar, mas tá complicado. Ainda teria que aumentar uns R$ 5 reais para ter lucro, e tá difícil porque chega um dia é um preço, amanhã já é outro", completou.
Apesar da alta nos preços, que diminui a margem de lucro para quem vende os produtos, ele conta que a procura está grande nestes dias de frio e estão sendo vendidas, em média, 300 unidades de caldos e sopas diariamente. "Graças a Deus. O telefone não para, movimento. Ontem, trabalhamos até meia-noite", contou.