O Estado de São Paulo não atinge a cobertura vacinal ideal em crianças desde 2014, segundo relatório do Ministério da Saúde. A situação é considerada crítica por especialistas, já que a baixa imunização pode favorecer a reintrodução de doenças já controladas ou erradicadas, como sarampo e poliomielite.
Mesmo com campanhas frequentes e alertas sobre a importância das vacinas, os dados mais recentes mostram que o estado ficou abaixo da meta em praticamente todos os imunizantes infantis.
Campinas melhora em 2024, mas ainda há desafios
Em Campinas, os índices de vacinação em crianças apresentaram ligeira melhora entre 2023 e 2024. Segundo a Secretaria de Saúde:
- A vacina BCG passou de 98,9% para 98,2% (meta é 90%);
- Hepatite B subiu de 105% para 107,1%;
- Poliomielite (VIP) foi de 95,5% para 96,9%;
- Pentavalente passou de 95,5% para 96,8%;
- A vacina contra rotavírus manteve os 95% (meta é 90%);
- Pneumo 10 aumentou de 97,3% para 98%;
- Meningocócica C caiu levemente de 100% para 97,7%;
- Febre amarela passou de 83% para 84,7%, ainda abaixo da meta de 95%;
- SCR (sarampo, caxumba e rubéola) saltou de 95,7% para 102,1%;
- Pneumo 10 (reforço) foi de 89,7% para 97,8%;
- Meningocócica C (reforço) subiu de 91,8% para 102,1%.
Apesar do bom desempenho na maioria das vacinas, a imunização contra febre amarela segue como ponto de atenção.
Estado de SP fica abaixo das metas nacionais de cobertura vacinal
Em 2023, São Paulo não atingiu a meta mínima em nenhuma das vacinas infantis avaliadas. Veja:
- BCG: 75,6% de cobertura, bem abaixo da meta de 90%;
- Hepatite B: 82,2% (meta: 95%);
- Poliomielite: 82,6% (meta: 95%);
- Pentavalente: 82,2% (meta: 95%);
- Rotavírus: 83,9% (meta: 90%);
- Pneumo 10: 84,8% (meta: 95%);
- Meningocócica C: 75,4% (meta: 95%);
- Febre amarela: 75,4% (meta: 95%);
- SCR (sarampo, caxumba e rubéola): 88,2% (meta: 95%).
Tendência de queda na cobertura vacinal se arrasta há uma década
Os dados históricos revelam que a queda nas taxas de vacinação começou a se acentuar a partir de 2014, após anos de cobertura considerada ideal.
Entre os exemplos:
- A cobertura da BCG, que estava acima de 100% entre 2000 e 2013, caiu para 99,8% em 2014 e chegou a apenas 75,6% em 2023.
- A hepatite B, que registrava coberturas acima de 95% até 2015, também caiu: foi a 82,2% no último ano.
- No caso da poliomielite, a queda foi de 102,3% em 2000 para 82,6% em 2023.
- A pentavalente, que tinha mais de 100% em 2003 e 2004, está hoje em 82,1%.
- A vacina contra rotavírus, que em 2013 atingiu 96,8%, foi para 83,9% em 2023.
- A imunização contra febre amarela, que ficou estagnada por anos em torno de 20%, chegou a 75,4% em 2023, mas ainda está longe da meta.
Postos abertos durante o feriado em Campinas
Para ampliar o acesso da população, especialmente no contexto de feriado prolongado, a Secretaria de Saúde de Campinas mantém os postos abertos nesta sexta-feira (21). A medida visa facilitar a atualização das cadernetas de vacinação, sobretudo para o público infantil.
Riscos da baixa cobertura
Segundo o Ministério da Saúde, coberturas vacinais insuficientes comprometem a chamada imunidade coletiva e aumentam o risco de surtos e epidemias de doenças preveníveis. O órgão alerta para a importância da vacinação regular e reforça a necessidade de retomar índices seguros, principalmente entre crianças.
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