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CotidianoCom 23 vítimas, Campinas tem maior número de mortes por dengue da história

Com 23 vítimas, Campinas tem maior número de mortes por dengue da história

Saúde confirmou mais três mortes pela doença nesta segunda-feira (13); vítimas tinham entre 48 e 90 anos

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Campinas quebrou nesta segunda-feira (13) a marca histórica de mortes por dengue na cidade, considerando desde quando o levantamento começou a ser feito. A secretaria de Saúde confirmou mais três vítimas pela doença, que tinham entre 48 e 90 anos. Os óbitos foram entre 18 de março e 17 de abril – veja detalhes abaixo. Com isso, o número de mortes pela doença subiu para 23.  

Até então, o maior número de mortes por dengue em Campinas tinha sido em 2015, com 22 óbitos. Desde 1º de janeiro deste ano, foram confirmados 82.053 casos da doença na cidade. A Saúde lamentou as mortes e disse que se solidariza com as famílias.   

Quem eram as vítimas das mortes por dengue?  

  • Sexo masculino, 66 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS DIC III. Ele teve início dos sintomas em 24 de março, e o óbito ocorreu no dia 30 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.  
  • Sexo feminino, 48 anos, sem comorbidade. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Santa Lúcia. Ela teve início dos sintomas em 12 de abril, e o óbito ocorreu em 17 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.  
  • Sexo feminino, 90 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Conceição. Ela teve início dos sintomas em 12 de março, e o óbito ocorreu em 18 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.  

Entenda a alta da dengue em Campinas  

A Prefeitura lembra que a epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas:   

  • A circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história  
  • Condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor registradas desde outubro.  

Além disso, reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água, e manter fechados vasos sanitários inutilizados.  

O que fazer em caso de suspeita de dengue?  

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.   

Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.  

“A gravidade por dengue, ela se dá, principalmente, na fase que a gente considera crítica, quando a pessoa deixa de ter febre. Diferente de outras viroses, que quando melhora a febre, quando a gente vê que está tendo resolução, na dengue, isso é diferente”, alertou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben.  

Segundo ela, nesse momento, as pessoas devem estar muito atentas se elas melhoraram ou se elas começam a ter algumas alterações, como muitos vômitos, algum sinal de sangramento, por exemplo, na gengiva. No caso da mulher menstruada, ela começa a menstruar no maior volume e, além disso, se tem sensação de desmaio, começa a se sentir mais indisposta.   

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“Essas pessoas têm que voltar imediatamente para a assistência médica para fazer hidratação, muitas vezes, na veia. Uma outra questão que faz a pessoa ter um desfecho favorável é conseguir beber a quantidade de líquido prescrita, que são 60 ml por quilo de peso, que isso é em qualquer líquido, e um terço disso em sais de hidratação oral”, finalizou.  

Imunização  

A Secretaria de Saúde de Campinas aplicou 10.748 doses de vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos entre 11 de abril, início da campanha, e a tarde desta segunda-feira (13). Os imunizantes continuam disponíveis nos 68 CSs (Centros de Saúde) da cidade.  

O esquema vacinal recomendado corresponde à administração de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A operacionalização da campanha é uma decisão de cada município. 

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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