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CampinasCotidianoCom combustíveis na liderança, SP registra em média três acidentes por dia com cargas perigosas

Com combustíveis na liderança, SP registra em média três acidentes por dia com cargas perigosas

Ocorrências geram risco ambiental, à saúde e exigem ações de contenção e limpeza que podem durar semanas

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Em média, três acidentes com transporte de cargas perigosas foram registrados por dia no estado de São Paulo em 2024. A maioria dos casos envolve combustíveis, que lideram o ranking de substâncias mais frequentes em ocorrências com risco ambiental. Entre os danos estão impactos ao meio ambiente, riscos à saúde humana e prejuízos materiais. E o controle desses danos costuma ser complexo e demorado.

Um exemplo recente é o acidente com um caminhão-tanque na madrugada de 29 de abril, na Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), em Paulínia. O veículo transportava 45 mil litros de gasolina, que vazaram após o tombamento do tanque. A rodovia ficou interditada nos dois sentidos por mais de sete horas. Quase três semanas depois, a área ainda passa por monitoramento diário.

“É uma área alagada, ou seja, tem muita água e vegetação. Então, essa intervenção precisa ser criteriosa para não causar outro impacto, como erosão ou retirada excessiva de vegetação”,

explicou Everaldo Savatin, diretor de operações envolvido na gestão da ocorrência. 

Segundo ele, já foram coletadas amostras de solo e água e a área deve permanecer isolada por pelo menos mais 20 dias.

O combustível vazado atingiu uma extensão de cerca de um quilômetro, seguindo o traçado de uma estrada secundária. Para conter o avanço, foram cavadas valas de drenagem. Apesar de parte significativa da gasolina já ter sido removida, ainda há resíduos no solo, e o cheiro do produto continua forte no local.

A operação mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), responsáveis por monitorar e orientar o trabalho de recuperação ambiental.

Outro caso recente: ácido fosfórico vaza na Rodovia dos Bandeirantes

Outro acidente grave envolvendo carga perigosa ocorreu no último dia 6 de maio, no km 94,5 da Rodovia dos Bandeirantes, em Campinas. A batida entre duas carretas causou o derramamento de 15 toneladas de ácido fosfórico. Ninguém ficou ferido, mas o trecho permanece com interdições parciais e lentidão.

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Segundo a CCR AutoBAn, concessionária responsável, o caminhão carregado com garrafas vazias colidiu na traseira da carreta que levava 39 toneladas do produto químico. A Cetesb foi acionada e orientou as ações de contenção e transbordo da carga. O material ficou isolado à margem da rodovia, sem atingir corpos d’água ou redes de drenagem.

Rodovia Anhanguera lidera número de acidentes com cargas perigosas

De acordo com a Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Estado de São Paulo, a Rodovia Anhanguera foi a que registrou mais acidentes em 2023: 52 ocorrências. Em segundo lugar está a Rodovia Washington Luís, com 49 casos.

Já entre os produtos mais comuns nos acidentes registrados em 2024, os combustíveis lideram:

  • Etanol: 235 ocorrências
  • Óleo diesel: 179
  • GLP (gás liquefeito de petróleo): 90

Cetesb atua em todo o estado com 48 agências

A Cetesb possui 48 agências no estado, que atuam nos atendimentos a emergências ambientais. Os casos mais graves são assumidos por equipes especializadas da capital, que utilizam tecnologias avançadas para detectar fontes de calor e monitorar a contaminação.

Segundo a companhia, 40% de todos os atendimentos realizados envolvem derramamento de cargas perigosas, o que mostra a frequência e a seriedade das ocorrências. “São vários critérios que enquadram uma substância como perigosa: toxicidade, inflamabilidade, risco de reação química e potencial de impacto ambiental”, explicou Anderson Pioli, gerente adjunto de Atendimento de Emergências da Cetesb.

Volume de transporte e falhas operacionais agravam cenário

De acordo com a Associação Brasileira de Transporte de Produtos Perigosos, o crescimento no número de acidentes está relacionado ao aumento no volume de cargas transportadas e a falhas operacionais, como problemas na amarração de cargas, excesso de velocidade ou falta de manutenção.

*Com informações de André Luís Rosa/EPTV Campinas

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