A secretaria de Saúde de Campinas realiza neste sábado (30) o 9º mutirão municipal de 2024 contra o mosquito da dengue. A ação teve início às 8h30 e a pasta definiu 10 bairros que devem ter imóveis visitados pelos agentes de saúde e voluntários. São eles:
– Vila 31 de Março
– Parque Brasília
– Vila Lafayette Álvaro
– Jardim Boa Esperança
– Vila Tofanello
– Jardim Madalena
– Jardim Conceição
– Jardim Líria
– Parque Imperador
– Jardim Flamboyant
O ponto de encontro das equipes é o Centro de Educação Infantil Professor Hilton Federicci, localizado na rua Frederico Marcondes Machado, 65, na Vila 31 de Março.
Campinas decretou situação de emergência pública em saúde, por conta da dengue, em 7 de março. Desde 1º de janeiro a cidade já registrou 33.525 casos e quatro mortes, e projeções indicam que a cidade deve registrar o pico da epidemia no mês de abril.
Como será o novo mutirão contra a dengue?
O mutirão deste sábado deve reunir voluntários e agentes da Saúde, incluindo os trabalhadores da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros. Eles usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. Em caso de dúvidas sobre a identificação, a Prefeitura destaca que a população pode pedir informações pelo telefone 199, da Defesa Civil.
A Administração repete a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.
O mutirão contra a dengue é multisetorial e conta com apoio de profissionais das secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec. O balanço das ações deve ser divulgado nesta segunda-feira (1º).
O que já foi feito
A Prefeitura realizou neste ano oito mutirões, incluindo um regional, onde visitou pelo menos 35,4 mil imóveis para orientar a população e retirar criadouros do mosquito transmissor, segundo dados divulgados. Porém, em cada ação, quase metade dos espaços são encontrados inacessíveis pelos agentes por estarem fechados, desocupados ou por conta de impedimento dos moradores.
Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe via WhatsApp mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento.
Balanço das ações de 2024 contra a dengue – atualização até 25 de março
– Controle de criadouros: 254,3 mil imóveis visitados
– Nebulização costal: 37,7 mil imóveis visitados
– Nebulização veicular: cobertura de 37,4 mil imóveis
– Busca ativa + controle de criadouros: 49 mil imóveis visitados
– Avaliação de densidade larvária realizada por agente comunitário de saúde: 27,1 mil imóveis visitados
– Avaliação de densidade larvária feita por agente de apoio ao controle ambiental: 1,6 mil imóveis visitados
– Pontos estratégicos e imóveis especiais: 1,3 mil imóveis visitados
Estatísticas do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.
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