Campinas comemora 248 anos neste dia 14 de julho e a área da cidade conta com uma história colonial, imperial e republicana, além de, claro, milhares de anos de história indígena. Mas como e quando Campinas foi fundada?
Campinas surgiu na primeira metade do século 18, em uma formação colonial. Era, na verdade, um bairro rural da Vila de Jundiaí.
Segundo o registro histórico fornecido pela Prefeitura de Campinas, o povoamento do “Bairro Rural do Mato Grosso” estava localizado às margens de uma trilha aberta por paulistas do Planalto de Piratininga entre 1721 e 1730 (trilha que seguia em direção às recém descobertas minas dos Goiases).
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Naquela época, o nome Campinas não existia. O início foi jusamente com a instalação de um pouso de tropeiros nas proximidades da “Estrada dos Goiases”.
O pouso das “Campinas do Mato Grosso” (erguido em meio a pequenos descampados ou “campinhos”, em uma região de mata fechada) impulsionou o desenvolvimento de várias atividades de abastecimento e promoveu uma maior concentração populacional, reunindo-se neste bairro rural em 1767, com 185 pessoas.
Na mesma época, na segunda metade do século 18, começava uma dinâmica econômica, política e social na região, associada à chegada de fazendeiros procedentes de Itu, Porto Feliz e Taubaté.
FAZENDEIROS
Esses fazendeiros estavam em busca de terras para instalar lavouras de cana e engenhos de açúcar, utilizando-se para tanto de mão de obra escrava.
De fato, foi por força e interesse destes fazendeiros, ou ainda, por interesse do Governo da Capitania de São Paulo, que o bairro rural do Mato Grosso se transformou em Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso (1774); depois, em Vila de São Carlos (1797), e em Cidade de Campinas (1842).
O último período no qual as plantações de café já eram maiores que as lavouras de cana e dominavam a paisagem da região.
CAFÉ
O café impulsionou a cidade de Campinas, trazendo um novo ciclo de desenvolvimento. A partir da economia cafeeira, Campinas passou a concentrar um grande contingente de trabalhadores escravos e livres (de diferentes procedências), empregados em plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas.
No mesmo período (segunda metade do século 18), a cidade começava a experimentar um intenso percurso de “modernização” dos seus meios de transporte, de produção e de vida, permanecendo vivo até hoje na memória da cidade, aspectos diversos destas transformações.
CRISE DO CAFÉ
Com a crise do café, a partir da década de 1930, a cidade “agrária” de Campinas assumiu uma fisionomia mais industrial e de serviços. No plano urbanístico, por exemplo, Campinas recebeu do “Plano Prestes Maia” (1938), um amplo conjunto de ações voltado a reordenar suas vocações urbanas, sempre na perspectivas de impulsionar velhos e novos talentos, como o de pólo tecnológico do interior do Estado de São Paulo.
MAIS PESSOAS, MAIS RODOVIAS
Nesse período, Campinas passou a concentrar uma população mais significativa, constituída de migrantes e imigrantes procedentes das mais diversas regiões do estado, do País e do mundo, e que chegavam à Campinas atraídos pela instalação de um novo parque produtivo (composto de fábricas, agro-indústrias e estabelecimentos diversos).
Entre as décadas de 1930 e 1940, portanto, a cidade de Campinas passou a vivenciar um novo momento histórico, marcado pela migração e pela multiplicação de bairros nas proximidades das fábricas, dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantação – Via Anhanguera, (1948), Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont, (década de 1980).
AUMENTO DE POPULAÇÃO
Entre as décadas de 1950 a 1990, ao mesmo tempo em que o território da cidade aumentava 15 vezes e sua população, cerca de 5 vezes. De maneira especial, entre as décadas de 1970/1980, os fluxos migratórios levaram a população a praticamente duplicar de tamanho.
HOJE
Nos dias de hoje, Campinas ocupa uma área de 801 km² e conta com uma população aproximada em 1,2 milhão de habitantes
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