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CampinasCotidianoComo funcionava o plano do PCC com apoio de empresários para matar promotor do Gaeco de Campinas

Como funcionava o plano do PCC com apoio de empresários para matar promotor do Gaeco de Campinas

Plano contava com uma caminhonete blindada, preparada para receber uma metralhadora calibre .50, segundo o MP

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Um plano elaborado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco de Campinas, e um comandante — cujo nome não foi divulgado — contava com uma caminhonete blindada, preparada para receber uma metralhadora calibre .50. Também estava prevista a contratação de um atirador no Rio de Janeiro, segundo revelou o MP (Ministério Público) de São Paulo.

Na manhã desta sexta-feira (29), dois empresários de Campinas foram presos, suspeitos de envolvimento no plano. Os mandados de prisão foram cumpridos nos bairros Cambuí e no condomínio Alphaville, áreas nobres da cidade.

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Foram detidos Maurício Silveira Zambaldi, conhecido como “Dragão”, e José Ricardo Ramos. Eles atuam nos setores de comércio de veículos e transporte e, segundo as investigações, tiveram papel estratégico na preparação da emboscada.

O plano e seu objetivo

O promotor Marcos Rioli, que participou da operação, revelou que o plano foi descoberto após uma denúncia encaminhada ao MP na quarta-feira (27). Segundo ele, o atentado estava em fase avançada de execução.

Os empresários teriam arquitetado o crime com o objetivo de interromper investigações relacionadas ao PCC, que envolvem tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. Além do monitoramento do promotor, os suspeitos providenciaram armamento e operadores para o atentado.

O MP aponta que Maurício Zambaldi articulou o plano para tentar recuperar prestígio no meio criminoso, após ter sido investigado por associação ao PCC

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“Verificamos que o atentado estava na iminência de ocorrer, já que os envolvidos já tinham um carro blindado preparado e armamento pesado para a ação. Um dos principais objetivos era impedir que as autoridades continuassem investigando os crimes praticados pela facção, garantindo a impunidade. Além disso, o suspeito preso, que tramou o plano, havia causado um grande prejuízo ao PCC em razão das investigações contra ele, o que também teria motivado a articulação do crime”,

explicou Rioli.

Durante a operação, ao entrarem em um apartamento no bairro Cambuí, policiais encontraram o namorado da filha de um dos suspeitos tentando se desfazer de provas: ele quebrou o celular e o arremessou pela janela. O aparelho foi localizado pelos agentes, e o homem será indiciado com base no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 12.850/2013, que pune quem impede ou embaraça investigação criminal relacionada à organização criminosa.

Quem é Maurício Zambaldi, o “Dragão”

Maurício Zambaldi é dono da Dragão Motors, loja de motos de luxo localizada na Vila Joaquim Inácio, em Campinas. Com 2,8 milhões de seguidores no Instagram, ele usava a imagem pública para promover sua marca. Segundo o Ministério Público, o estabelecimento funcionava como ponto de lavagem de dinheiro do PCC.

Moradores da região relataram que a loja está fechada há cerca de um mês e que as motos e carros de luxo foram retirados recentemente. Zambaldi é apontado como um dos principais alvos da investigação.

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Quem é José Ricardo Ramos

José Ricardo Ramos teria sido o responsável por acompanhar a rotina do promotor Amauri Silveira Filho, mapeando os locais que ele frequentava, com o objetivo de repassar essas informações aos executores do crime. Ainda segundo o MP, ele também teria providenciado veículos blindados e atuado na contratação dos envolvidos na emboscada.

A participação de “Mijão”, um dos líderes do PCC

Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, é apontado como um dos articuladores do plano. Considerado um dos principais chefes do PCC no Brasil, ele está foragido há anos e, segundo o MP, pode estar escondido na Bolívia, de onde ainda comandaria operações criminosas. As investigações seguem para identificar e prender outros envolvidos.

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O que dizem as defesas dos investigados

Em nota enviada à EPTV, a defesa de José Ricardo Ramos, preso na operação, e de Thiago Salvador, dono do lava rápido alvo de busca e apreensão, afirma que ambos são inocentes e que jamais participariam de um plano criminoso. 

Segundo a defesa, Thiago é um trabalhador e José Ricardo não aceitaria se envolver em algo dessa natureza. Ele ainda afirma que a inocência dos dois será provada na Justiça.

A defesa de Maurício Silveira Zambaldi e de seu genro, investigados na Operação Pronta Resposta, também se manifestou e afirmou que ambos negam qualquer participação no plano contra a integridade física de autoridades.

A defesa também informou que ainda não teve acesso completo aos autos da investigação e aguarda esse acesso nas próximas horas. O advogado ressaltou que qualquer acusação nesse sentido não tem fundamento e que confia no esclarecimento dos fatos. Os investigados permanecem à disposição para colaborar com as autoridades.

*Com informações da EPTV Campinas

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