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CotidianoConfusão em CS de Campinas foi causada por teste de covid; atendimento é retomado

Confusão em CS de Campinas foi causada por teste de covid; atendimento é retomado

Uma paciente foi acusada de agredir uma técnica de enfermagem, mas nega o ataque

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Atendimento ficou suspenso durante a manhã durante reunião de funcionários (Foto: Johnny Inselsperger/EPTV Campinas) Houve movimentação intensa de pacientes na procura por consultas médicas na manhã desta quarta-feira (Foto: Reprodução/ EPTV Campinas)

A confusão que provocou a restrição dos atendimentos médicos no CS (Centro de Saúde) São Quirino durante a tarde de ontem (6) e a manhã desta quarta-feira (7), foi provocada por causa de um teste de covid-19. Uma paciente foi acusada de agredir uma técnica de enfermagem, mas nega o ataque. A unidade só voltou a atender a partir das 10h de hoje, junto com a presença da Guarda Municipal.

A confusão aconteceu durante a tarde de ontem dentro de uma sala do espaço e foi confirmado pela secretaria de Saúde, que informou que a funcionária foi agredida. Por causa da situação, apenas atendimentos urgentes foram mantidos no local enquanto os funcionários faziam uma reunião (veja mais abaixo).

Em entrevista à EPTV, a mulher que foi acusada de agredir a funcionária afirma que não atacou a técnica, e que a briga teria começado por causa de um teste de covid-19.

“Estava somente eu, meu esposo e a minha filha para fazer o teste de covid-19. Ela falou que minha patroa que tinha que pagar o exame pra fazer, eu falei que não era justo isso e começamos a bater boca dentro da sala. Todo momento ela estava com o celular na mão, em momento nenhum o celular caiu, eu não agredi ela”, afirmou.

 

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A mulher justifica que ficou exaltada por causa do mau atendimento. “Eu me altero porque isso que está acontecendo é uma vergonha. Estou desde a quinta-feira com meu filho com covid precisando de médico, aí chega aqui a gente é humilhada, destratada e não tem médico. Se a gente saí e vai para o Mário Gatti, Unicamp, mandam retornar para o posto”, completou.

ESPERA DURANTE A MANHÃ

Durante a manhã, houve movimentação intensa de pacientes na procura por consultas médicas. Eles reclamaram que não foram orientados sobre o fechamento do posto.

“Eu cheguei aqui 6h20, mas tem pessoas que chegaram antes. Agora é 7h20, e poderiam ter feito essa reunião antes, fiquei nesse frio para ouvir que posto vai abrir às 10h30 e não é garantido que vai ser atendido”, criticou a manicure Ananza dos Santos.

 

 

Houve movimentação intensa de pacientes na procura por consultas médicas na manhã desta quarta-feira (Foto: Reprodução/ EPTV Campinas)

 

Já a dona de casa Isa Meireles criticou a falta de comunicação do centro. “Chega 5h da manhã vem aqui pra ser atendido às 7h e ninguém avisa da confusão. O povo fica revoltado porque não vem ninguém atender ninguém”.

“Pessoal chegou aqui antes das 7h e ninguém teve coragem de avisar que não teria atendimento. Não iam avisar nós, o que que nós somos?”, questionou  a aposentada Emília Cristina de Lima.

Os pacientes reclamaram da falta de aviso em frente à unidade, fazendo muitos perderem a viagem. Além disso, o atendimento também foi criticado.

“Elas são grossas, não atendem direito, então o povo é mal atendido. Uma profissão dessa tem que ser bem educado e atender as pessoas bem”, relatou outra paciente que aguardava o atendimento.

REUNIÃO DE FUNCIONÁRIOS

Em entrevista à EPTV, os funcionários do Centro de Saúde informaram que a restrição no atendimento foi necessária por causa de uma reunião.

“Nós estávamos definindo o que seria melhor para os usuários, porque violência não podemos nunca ter e é a segunda vez que sofremos esse tipo de agressão dentro de CS”, relatou uma servidora.

O conselheiro de saúde Ney Moraes Filho afirma que outro caso também foi registrado na semana passada, e agora foram definidas medidas para tentar garantir a segurança no espaço.

“Eu uma semana tivemos dois eventos de violência contra trabalhadores aqui, isso é inaceitável. Definimos uma reorganização do espaço interno para aumentar a estrutura de segurança dos trabalhadores e da população”, disse.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Em nota, a secretaria de Saúde informou que o Centro de Saúde Quirino, que atende de 80 a 100 pessoas no período da manhã, retomou os atendimentos às 10h desta quarta-feira, e afirmou que existe um projeto de implantação de uma central de monitoramento por câmeras de todas as unidades de saúde. 

“A medida deve ser implantada até 2024. O objetivo é garantir a segurança de pacientes e funcionários dos equipamentos de saúde.  A Pasta lamenta a agressão à funcionária e se solidariza com ela. No entanto, não compactua com a paralisação”, comunicou a nota. 

A Secretaria de Saúde alegou ainda que as equipes do Centro de Saúde São Quirino estão completas com médicos, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, enfermeiros, entre outros. 

“A Secretaria de Saúde vai apurar as denúncias e se coloca à disposição da população para receber qualquer tipo de reclamação dos usuários. Os canais disponíveis são a Ouvidoria do Município (0800-772-7456) e o telefone 156. Importante ressaltar que a Pasta orienta todas as unidades para que os pacientes tenham atendimento e acolhimento de qualidade”, finalizou.

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