Além do trecho do TIC (Trem Intercidades), Campinas terá outra obra que será custeada pelo novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal: o laboratório Orion de biossegurança máxima será erguido dentro do Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). A previsão é que a construção de 20 mil metros quadrados seja concluída até 2026 (leia abaixo).
Com custo estimado de R$ 1 bilhão, a estrutura será a primeira do mundo a estar conectada ao laboratório Sirius, acelerador de partículas brasileiro capaz de utilizar a fonte de luz síncrotron para avaliar materiais. A ideia é que o Orion seja capaz de isolar e facilitar a pesquisa sobre agentes biológicos. Os estudos podem contribuir no desenvolvimento de diagnósticos, vacinas e tratamentos.
Projeto único
O complexo será o maior laboratório deste tipo da América Latina e é considerado um grande salto para a ciência brasileira, já que deve estar envolvido em pesquisas sobre doenças e patógenos e será usado também para a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos. O custo total, inclusive, já inclui a formação dos especialistas e acadêmicos do Brasil.
Os recursos para a construção do Orion, de acordo com os planos do Governo Federal para o PAC, serão do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Nome e preparação
Não foi informado oficialmente um prazo para o início dos trabalhos de construção. O nome Orion foi escolhido em homenagem à constelação que possui três estrelas apontadas para a estrela Sirius, o acelerador de partículas brasileiro. Depois de ficar pronto, o laboratório vai passar por comissionamento técnico e científico e por certificações internacionais para começar a funcionar.