Uma cooperativa do transporte público de Campinas é alvo de mandado de busca durante uma operação em conjunto entre o Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, e o Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar).
Segundo o Gaeco, equipes cumprem hoje três mandados de prisão e dez de busca e apreensão na 3ª fase da Operação “Sumidouro”, que investiga lavagem de dinheiro entre integrantes de uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas na região de Campinas. Um dos alvos de busca e apreensão é a sede da Altercamp, cooperativa de transporte que tem sede no bairro Ponte Preta.
Em Campinas, a empresa opera nove linhas, entre os ônibus verdes, vermelhos e azuis-claros. além do sistema “Corujão”. A empresa e a Prefeitura de Campinas foram procuradas pela reportagem, mas ainda não se manifestaram.
Os outros locais onde os mandados são cumpridos ainda não foram informados.
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A OPERAÇÃO
Na última quarta-feira (5), durante fase anterior da mesma operação, foram presas 13 pessoas e apreendidos R$ 138,8 mil e cinco milhões de pinos utilizados para embalar cocaína.
Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas, Paulínia, Hortolândia, Valinhos e Sumaré.
Segundo as equipes responsáveis pela operação, os alvos são membros de uma organização criminosa que utilizava galerias de água como esconderijo para o tráfico de drogas. Isso ocorria na região da Vila Mimosa, em Campinas.
Segundo o promotor do Gaeco, Rodrigo Lopes, a investigação começou após a prisão do líder da quadrilha, que aconteceu no ano passado.
“Essa investigação começou com uma operação deflagrada em abril do ano passado, quando prendemos o alvo que é o líder dessa organização criminosa. A gente identificou a estrutura dessa organização criminosa, os gerentes de cada bairro com cada ponto de tráfico, quem fazia intermediação das drogas, quem trabalhava na produção e refinaria, e isso possibilitou a operação”, explicou.
De acordo com o promotor, entre os investigados alguns já estão presos por outros crimes que praticaram durante a investigação e outros estão foragidos. Além dos 13 investigados presos na quarta-feira, duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico.