
O Prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), confirmou, em uma live no Facebook na tarde desta segunda-feira (13), que os planos de alugar o Hospital Metropolitano para o tratamento de coronavírus foram adiados.
Segundo informou o chefe do Executivo, houve uma proposta de aluguel do prédio por cerca de R$ 500 mil por mês. Além disso, não há mais equipamentos no hospital.
"Os equipamentos sumiram do hospital. Vamos pedir os devidos esclarecimentos. Fizeram uma proposta de aluguel do prédio, o que não é interessante para a Prefeitura", disse.
A Prefeitura fez uma proposta de pagar R$ 2,2 milhões por mês, pelos próximos 90 dias, para utilizar a estrutura do hospital - prédio, equipamentos e funcionários (são 125 trabalhadores, entre eles 40 médicos). Os valores seriam depositados em juízo e usados na gestão do hospital.
"Queremos comprar serviço. Só o prédio não interessa. O hospital tem boas condições sanitárias, inclusive com relatórios do Devisa. Ficou o gosto amargo, porque achamos que iriamos ter um novo equipamento esta semana, mas foi adiado", disse o secretário de Saúde de Campinas, Carmino Antonio de Souza.
CRISE
O hospital sofreu intervenção judicial no fim de março porque sua diretoria havia dispensado os funcionários e anunciado o fechamento da unidade. A Justiça, a pedido do MPT (Ministério Público do Trabalho), determinou o imediato afastamento de todos os administradores do hospital e a decretação de intervenção judicial por seis meses.
O hospital tem 15 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 35 leitos para internação regular.
O MPT informou que os equipamentos foram retirados antes da decisão judicial. O inventário foi feito antes da intervenção. Agora está sendo feito um novo levantamento sobre o que o local tem de estrutura.