
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, disse que a cidade pode evitar um colapso na rede de saúde se não receber pacientes de fora contaminados com o novo coronavírus da capital e que precisam de internação em hospitais. O colapso em São Paulo está previsto para ocorrer em três semanas.
Ainda nesta quarta-feira (20) o governador João Doria (PSDB) contratou mais 4,5 mil leitos, sendo 1,5 mil de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em todo o Estado. O edital foi publicado no Diário Oficial estadual hoje, junto com a previsão considerando o avanço da doença no estado. Segundo balanço mais recente, divulgado no início da tarde desta quarta (20), chega a 5.363 número de vítimas de covid-19 no estado.
Em Campinas, Jonas afirmou que o colapso na capital é um preocupação e é algo muito complicado. "É um gigante. Somente na Região Metropolitana de São Paulo tem 20 milhões de pessoas. Se eles conseguirem segurar os pacientes lá e não vir para Campinas, já está de bom tamanho", disse ele em transmissão em suas redes sociais.
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Desde o começo da pandemia e isolamento social, no fim de março, a Prefeitura já demonstrava preocupação com a situação e chegou a pedir para o Estado não enviar pacientes para cá. O risco é de faltar leitos para os campineiros e também munícipes de outras cidades da região.
Campinas, inclusive, já teria negado acolher pacientes vindos de São Paulo. No entanto, chegou a receber quatro vindos de cidades da região metropolitana, como Francisco Morato e Franco da Rocha.
Hoje, a ocupação de leitos de UTI na cidade é de 75,25% - nova alta registrada desde o dia 7 de maio. Ontem, a ocupação era de 73,08%. Nesta quarta-feira, a cidade tem 691 leitos de UTI (adultos, pediátricos e neonatais), distribuídos nas redes pública e privada do município. Deste total, 520 estão ocupados.