Campinas já ultrapassou 18,3 mil casos de dengue apenas neste ano, e a preocupação é que o pico dos casos da doença só aconteça no mês que vem. Até o momento, três mortes foram confirmadas, e a epidemia deste ano já é uma das piores da história. A projeção é que o total de infectados chegue ou supere os 100 mil casos em 2024.
Leia também: Preço dos repelentes disparam; valores variam até 107%, segundo Procon
O acúmulo de lixo e entulho em bairros mais vulneráveis de Campinas aumenta a circulação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
Mas, quais são os bairros de Campinas com mais casos de dengue por 100 mil habitantes?
- Jardim Eulina: 4.227
- Jardim Lisa: 3.644
- Jardim Santos Dumont: 3.329
- Jardim Santo Antônio: 2.621
- Jardim São Quirino: 2.604
Bairros com menor incidência por 100 mil habitantes:
- Centro: 581
- Carlos Gomes: 725
- Taquaral: 747
- Mirassol: 780
- San Martin: 823
De acordo com o coordenador do programa de arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, o acúmulo de resíduos favorece muito a incidência dos casos, mas não é o único fator que contribui para que algumas regiões registrem mais casos de dengue do que outras.
“A vulnerabilidade social e o adensamento populacional são outros fatores importantes”, afirma o especialista. O Taquaral, por exemplo, é um dos bairros com pouca incidência de dengue porque não é vulnerável socialmente. Mas, o que explica o fato do Centro ter baixa incidência também? Neto explica que os dados são computados por moradia. Por isso, muitas pessoas pegam a doença na região central, mas a notificação delas é feita no bairro onde moram.
O coordenador do programa de arboviroses também explicou que no Jardim Eulina, bairro mais crítico para a dengue em Campinas, o problema é que os moradores não permitem a entrada dos agentes de saúde nas casas.
Sem colaboração
Depois de sete dias de cama, a dona de casa Aelen Carolina da Silva voltou hoje (14) ao posto de saúde para realizar novos exames. Ela mora no Jardim Lisa e explica que a vizinhança não colabora. “Moro aqui há 22 anos e sempre foi assim: água parada e lixo”. Próximo à casa dela, na Rua Jerônimo Vilarinho, tampas, copos, garrafas e embalagens plásticas jogadas na via.
E na Avenida Armando Mário Tozzi, no mesmo bairro, mais sujeira, deixando o aposentado Antônio Xavier apreensivo. “A gente fica preocupado, né? É sujeita pra todo lado, e muita gente com dengue por aqui”. Em frente a um terreno, há uma placa informando que é proibido jogar lixo – mas, em vão.
A dona de casa Luana Aparecida já está desanimada. “É bem triste porque envolve Saúde. É hospital lotado, sem leito, sem vaga pra ninguém”.
Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.
Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link aqui!
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294.
LEIA TAMBÉM NO TUDO EP
Quando o programa do imposto de renda 2024 estará disponível?
Até quando vai a onda de calor? Clima muda nesta segunda