Os atendimentos odontológicos no SUS (Sistema Único de Saúde) de Campinas subiram de 39.983 de janeiro a julho de 2021, para 44.023 pacientes no mesmo período deste ano, o que representa um aumento de 10,10% (veja mais abaixo).
Os dados oficiais da secretaria municipal de Saúde apontam ainda um salto de 30,79% entre 2020 e 2021: o total saiu de 49.455 moradores atendidos entre janeiro e dezembro do ano retrasado, para 64.685 pacientes em 2021. Veja:
Em 12 meses
- 2020: 49.455 pacientes
- 2021: 64.685 pacientes
Aumento de 30,79%
De Janeiro a Julho
- 2021: 39.983 pacientes
- 2022: 44.023 pacientes
Aumento de 10,10%
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O QUE EXPLICA?
Esse é mais um dos reflexos da crise econômica provocada pela pandemia, já que muitas pessoas perderam o emprego, ou tiveram redução salarial devido às restrições nas atividades econômicas.Com isso, nem todos clientes que contavam com planos odontológicos conseguiram manter os pagamentos mensais.
Além dos efeitos financeiros, principalmente entre 2020 e 2021, muitos moradores de Campinas também não se sentiram seguros para buscar atendimento especializado no auge da pandemia. Com isso, a rede pública passou a receber mais pacientes a partir da baixa nas infecções pela covid-19 e da reabertura das atividades.
A relação entre o aumento e os diferentes momentos da pandemia foi percebida pela coordenadora municipal de Saúde Bucal da Saúde de Campinas, Isabella Mantovani Oliveira.
“Primeiro tivemos a retomada dos atendimentos na pandemia. E em um segundo momento, as pessoas se sentiram mais seguras pra voltar ao cuidado odontológico, e também sofreram com a situação econômica”, opina.
COMO É O ATENDIMENTO?
Os moradores de Campinas podem marcar as consultas e receber atendimento odontológico nos 66 CSs (centros de saúde) da cidade. Os casos mais graves registrados na rede pública municipal são encaminhados ao Hospital Ouro Verde.
Além do atendimento de emergência, o sistema de saúde municipal conta ainda com atendimentos básicos e especializados.
Ao todo, segundo a pasta de Saúde, são 104 equipes da saúde bucal, entre dentistas e assistentes. O dentista Arnaldo Simões Fortuna Júnior explica que os casos de dores são os mais comuns.
“São casos de dores em pessoas que não conseguiram dormir à noite. Mas também há quebras de restaurações e dos dentes da frente”, diz.
DEMORA PARA O RAIO-X
Em alguns casos, os pacientes relatam uma certa demora no atendimento. A reclamação envolve principalmente a espera entre a marcação dos exames de raio-x e a definição dos locais para fazer o procedimento.
“Demora um pouco né? Você faz o pedido e depois pedem pra você ir em outro local. Pra mim, foram 10 dias”, comenta a técnica em Meio Ambiente, Geise Maria Torrialete.
A artesã Maria Loyola, no entanto, diz também não conseguir marcar sequer uma consulta. “Pode ser coincidência, mas todas as vezes que eu venho no CS, eles sempre falam que está fechada a agenda”, afirma.
Questionada sobre as reclamações, a coordenadora de Saúde Bucal de Campinas, Isabella Mantovani, diz que os exames intrabucais passaram a ser feitos nos distritos, o que deve agilizar o processo entra a consulta e os exames de raio-x.
“A pessoa não precisa se deslocar para muito longe da casa dela. Os distritos passaram a contar com centros de saúde de referêmcoa para fazer os exames. Quando demora, pode ter a ver com as prioridades no atendimento a gestantes, crianças e doentes crônicos”, pontua.
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