A dentista Mariana Giordano, de 36 anos, que teve a morte por febre maculosa confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz, participou do evento “Feijoada do Rosa”, realizado no dia 27 de maio na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas. Por conta disso, a secretaria municipal de Saúde confirmou que a infecção aconteceu na cidade e os responsáveis pela festa prometeram se pronunciar em breve sobre o caso.
Em nota, a pasta diz que considera a fazenda como possível local de infecção. Além de Mariana, o namorado dela, o piloto Douglas Costa, de 42, e outra mulher, de 28, também estiveram no mesmo lugar. As duas mortes, no entanto, ainda são investigadas pelo laboratório de referência. Os três morreram no último dia 8 após apresentarem febre, manchas avermelhadas e dores no corpo.
“Imediatamente após ser notificado dos casos, nesta segunda-feira o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida. O distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença”, detalhou o comunicado divulgado pela secretaria.
Ainda de acordo com a Saúde, “os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa”. Para o município, a informação faz com “que a pessoa adote comportamentos seguros” ao ir a esses espaços. Além disso, alega que é importante que, caso apresente sinais e sintomas, o frequentador informe o médico e facilite o diagnóstico.
“Nos próximos dias, técnicos do Devisa farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço’, finaliza a nota.
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CASAL ESTEVE EM MINAS
A Vigilância estadual confirmou os relatos de que Mariana Giordano e o piloto e empresário, Douglas Costa, haviam estado na zona rural de Campinas antes de 3 de junho, e em Monte Verde entre os dias 3 e 4 deste mês. Mas após as mortes, a secretaria de Saúde de Camanducaia, município mineiro onde fica Monte Verde, afirmou considerar“improvável” uma transmissão de febre maculosa, já que não há casos ou presença do vetor na região da cidade há mais de 20 anos.
Além disso, os sintomas começaram em 3 de junho, quando o casal havia acabado de chegar ao local e, como a febre maculosa tem período de incubação de 2 a 14 dias, caso o diagnóstico se confirme, a transmissão seria anterior.
OUTRA MORTE SUSPEITA
Além do casal, a secretaria de Saúde de Campinas confirma que a morte de uma terceira pessoa também é investigada pelo Instituto Adolfo Lutz. A mulher de 28 anos é moradora de Hortolândia e morreu no HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp no último dia 8. Em contato com a EPTV Campinas, a Saúde de Hortolândia informa que o caso “está em investigação”.
CASOS CONFIRMADOS
Em Campinas, até maio, a febre maculosa havia causado a morte de duas pessoas, segundo a Saúde. A morte de Mariana, portanto, é a terceira causada por contaminação na cidade neste ano. As vítimas anteriores foram um homem de 47 anos e uma mulher de 62, ambos na área de abrangência do Centro de Saúde Sousas. No ano passado, Campinas registrou sete vítimas fatais e 11 infectados.
O QUE É FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela, que não é o carrapato que se encontra em cachorros, por exemplo. A espécie pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois e cavalos, além da capivara. A transmissão ocorre do carrapato para a pessoa, não existindo transmissão de pessoa para pessoa (LEIA A NOTÍCIA COMPLETA AQUI).
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