A Polícia Civil de Indaiatuba flagrou, nesta segunda-feira (12), uma oficina mecânica irregular e um desmanche clandestino no Distrito Industrial da cidade. A ação foi desencadeada após uma denúncia anônima que informava sobre o descarte ilegal de óleo automotivo no local. Duas pessoas foram presas em flagrante.
Segundo os investigadores, ao chegarem à área indicada, os agentes constataram um extenso vazamento de óleo diretamente no solo, sem qualquer sistema de contenção ou tratamento adequado, na área principal de uma oficina de manutenção de caminhões.
“Nessa oficina em especial, foi identificado o seu proprietário e de pronta os policiais puderam constatar que havia, em decorrência das atividades desenvolvidas pela empresa, um derramamento de óleo no solo, sem qualquer tipo de contenção ou captação adequada. Isso configuraria um crime ambiental, o que ensejou a autuação do seu proprietário”,
explica o delegado-assistente da DIG (Delegacia de Investigações Gerais de Campinas) de Campinas, Luis Fernando Dias de Oliveira.
Além disso, em uma área anexa, ligada à oficina, funcionava de forma clandestina um desmanche clandestino de peças automotivas. Esse espaço havia sido alugado pelos próprios responsáveis pela oficina. Além da contaminação ambiental, os policiais verificaram que o desmanche operava sem qualquer tipo de autorização legal. Também foi identificado derramamento de óleo na parte do terreno onde funcionava o desmonte dos veículos.
“Uma porção desse terreno foi dividida por um tapume, e nessa área alugada pelo dono da mecânica, funcionaria um desmanche clandestino de autopeças. Não havia um CNPJ e ele não exercia atividade lícita de comércio de autopeças, ou seja, todos os objetos, peças veiculares que estavam lá, eram comercializadas sem qualquer tipo de selo, etiquetagem, controle de sua origem, o que pode ser um indicativo que as peças sejam produtos de furto e roubo, além do desmonte clandestino de veículos”,
completou o delegado.
Mais de 100 peças automotivas foram localizadas e estão sendo removidas para o pátio de recolhimento da Polícia Civil, onde será feita a contagem final. A polícia apura agora se há indícios de receptação, uma vez que nenhuma das peças apresentava etiqueta ou registro do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), como exige a legislação. Um dos homens presos já possui antecedentes criminais por tráfico de drogas.
Os responsáveis pelos dois empreendimentos foram conduzidos à delegacia e vão responder, inicialmente, por crime ambiental e, no caso do desmanche, também por crime contra as relações de consumo. A investigação permanece aberta para apurar outros possíveis crimes.
A Prefeitura de Indaiatuba foi acionada e, ainda no fim da manhã desta terça-feira (13), funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estiveram no local para avaliar os danos e definir as medidas administrativas e as sanções que serão aplicadas aos responsáveis.
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