O DPBEA (Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal) de Campinas, localizado na Vila Boa Vista, segue em obras de reforma e ampliação, mas continua enfrentando desafios estruturais e operacionais. O furto de quatro cavalos registrado na madrugada deste domingo (5) evidencia apenas parte das vulnerabilidades do departamento, que abriga animais vítimas de maus-tratos, abandono, atropelamento ou outros tipos de acidentes.
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Etapas das obras no DPBEA
A primeira etapa das obras, iniciada em agosto, inclui a construção de seis novos canis com solário, oferecendo mais espaço de locomoção e banho de sol aos cães resgatados pelo Samu Animal. Em seguida, está prevista a construção de dois novos gatis e de uma sala de acolhimento destinada a isolar temporariamente animais recém-chegados, prevenindo a disseminação de doenças como cinomose (em cães) e esporotricose (em gatos). A nova sala está sendo erguida no local de uma estrutura antiga, que já foi demolida.
O valor total investido na reforma é de aproximadamente R$ 660 mil, viabilizado por meio de um EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança). As obras foram divididas em quatro etapas: a segunda fase prevê ampliação do canil central, reformas nos gatis existentes e melhorias nas instalações de cavalos; a terceira inclui construção de clínicas veterinárias com sala de necrotério e espaço adequado para descarte de resíduos médicos contaminantes; e a última etapa será dedicada à reconstrução da ala administrativa do prédio.
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Problemas expostos no Departamento
Os problemas estruturais e operacionais do DPBEA foram documentados em vistoria realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do STMC (Serviço Público Municipal de Campinas) em maio. Na ocasião, foram constatadas infiltrações, medicamentos vencidos, ração roída por roedores, fiação elétrica exposta, locais úmidos e escuros e sobrecarga de trabalho de apenas dois funcionários de carreira responsáveis pela limpeza de baias que abrigavam cerca de 148 animais. A vistoria também apontou falhas no armazenamento de animais mortos, que eram mantidos por tempo excessivo em freezers.
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O diretor do sindicato, Afonso Basílio Júnior, afirmou na época que os trabalhadores lidam com risco biológico elevado sem todos os equipamentos de proteção necessários.
“Está tudo quebrado, equipamentos quebrados, locais úmidos e escuros, contaminação por roedores e não tem todo EPI necessário para trabalhar com todo esse risco biológico. Além disso, também tem sobrecarga de trabalho. Nesse dia de hoje, dois operacionais estavam fazendo a lavagem de canis, um trabalho muito pesado. E se essa pessoa adoecer, não tem quem colocar no lugar dela”.
O secretário do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Brás Adegas Júnior, declarou à época que a infestação de ratos era acompanhada pela Zoonoses, com controle feito por visitas periódicas. Sobre o armazenamento de corpos de animais, ele informou que a prática ocorreu em área desativada e que os animais mortos são recolhidos semanalmente, medicamentos vencidos são retirados a cada 15 dias, e a limpeza é realizada duas vezes por dia, com intensificação planejada.
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