Você sente alguma dor nas costas ou em algum outro membro do corpo? Se a resposta for sim, saiba que você não está só. Isso é o que aponta um estudo realizado em Campinas, que mostrou que 59% das pessoas que moram na cidade sentem dores nas costas. A dor de cabeça também afeta 33% dos ouvidos na pesquisa.
O mapeamento sobre dor foi feito com 400 pessoas que participaram do estudo. Nos últimos 12 meses, 59% relataram ter dor nas costas, sendo que 48,7% tiveram o problema várias vezes há mais de um ano (veja mais dados abaixo).
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FAZ PARTE DA ROTINA
Para algumas pessoas, a convivência com a dor é diária. “Tenho dor nas costas, de cabeça. Às vezes passa, mas volta novamente”, disse a desempregada Karina Rodrigus. A dor para a advogada Avaneide Batista é frequente. “Sinto dor na lombar porque tenho osteoporose. É uma dor frequente”, afirmou.
Segundo o pesquisador e médico intervencionista Fabrício Dias Assis, a dor crônica é definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como aquela que dura mais que três meses.
“Têm pessoas que chegam no consultório e convivem com a dor há 20, 30, 40 anos e nunca procurou um tratamento, pois nem sabe que existe um tratamento para isso”, disse.
O MAPEAMENTO
O mapeamento da dor está sendo apresentado em um congresso em Campinas nesta semana. “Nós acreditamos em dois pilares: o tratamento interdisciplinar, com psicólogos, terapeutas, e nutricionistas, e o outro que é o tratamento intervencionista da dor. Este utiliza técnicas que pode ser através de agulhas ou até células-tronco em pacientes”, explicou o especialista.
MAPEAMENTO DA DOR
– 59% dor nas costas nos últimos doze meses
– 48,7% dor nas costas várias vezes há mais de um ano
Dores mais relatadas nos últimos meses:
– 33% teve dor de cabeça
– 33% teve dor nas costas
– 8,5% teve dor nas juntas
– 10% teve queimação de estômago
Nos últimos 12 meses:
– 54,8% teve dor de cabeça
– 52,3% teve dor nas costas
– 33,8% teve queimação no estômago
DOR CRÔNICA
Quem convive com dores diretamente sente reflexos tanto na vida pessoal como na profissional. A escrevente notarial Mariana trabalha o tempo todo sentada e teve como primeiro sintoma a dor nas costas.
“O primeiro sintoma foi dor nas costas e, depois, a dor de cabeça sempre aparece. E ainda mais em alguns dias, se houver muito uso do computador, aparece as dores nos pulsos”, disse.
Para lidar com as dores, ela tenta amenizar com medicamentos. “Isso para amenizar a dor durante o dia”, explicou. Para o médico Fabrício Dias Assis que participou do estudo de mapeamento das dores, é possível buscar um tratamento para ajudar neste processo.
“Muitas vezes você pode não curar a doença, mas hoje a gente chega em um diagnóstico exato e consegue dar um diagnóstico exato e fazer com que a pessoa pare de sentir aquela dor”, disse.
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