O TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) determinou que novos bloqueios em entradas e saídas de ônibus em Campinas serão passíveis de multa, em Campinas. A liminar foi obtida pela Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) na Justiça e ocorre após uma paralisação de motoristas prejudicar cerca de 58 linhas na madrugada desta quinta-feira (1º) – veja mais detalhes abaixo.
Segundo o documento, não foi constatado “estado de greve formalmente constituído ou prévia comunicação dos motivos do ato praticado nesta data”. A decisão ainda determina que o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Campinas e região “se abstenha de bloquear a entrada e saída de veículos das empresas concessionárias”.
Segundo a Emdec, se houver alguma paralisação a multa será de R$ 10 mil por hora, contra o sindicato.
LEIA TAMBÉM
Prefeitura abre licitação de R$ 3,2 mi para reconstruir muro do Cemitério da Saudade, em Campinas
PF prende 10 e apreende R$ 4 milhões em relógios em megaoperação contra crimes ambientais
O PROTESTO
Motoristas do transporte público de Campinas fizeram uma paralisação durante a madrugada e o início da manhã desta quinta-feira (1º). Os funcionários do transporte público cobram reajuste salarial da categoria. A paralisação durou duas horas e o serviço foi reestabelecido por volta de 6h.
Em Campinas, foram afetadas as linhas azuis claras da empresa VB1, que atende a região do distrito do Ouro Verde. O sindicato da categoria informou que o reajuste nas remunerações não ocorre há um ano e meio.
Em nota, a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) afirmou que a manifestação do grupo de motoristas paralisou parcialmente a operação do transporte público, impactando 58 linhas operadas pela empresa.
SETCAMP
Procurado, o SetCamp (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas) informou que atual diretoria do Sindicato dos Rodoviários foi eleita no dia 5 de novembro, ou seja, tomou posse há menos de 30 dias. E que, até então, o Sindicato dos Rodoviários estava sob intervenção judicial.
“As negociações com a atual diretoria recém-empossada estavam sendo realizadas com o SetCamp, dentro de um processo, até então, considerado normal e que as mesmas não haviam se encerrado. Mais uma vez, em pleno andamento de um processo de negociação e sem qualquer aviso prévio, conforme estabelecido em legislação vigente, os sindicalistas interferiram na operação de uma concessionária”.
O SetCamp ainda classificou o ato como intempestivo e irresponsável. Segundo o sindicato, houve prejuízo a pelo menos 25 mil pessoas no dia de hoje.
