O estado de São Paulo registra, há 25 anos, um movimento contínuo de redução no número de bebês nascidos vivos. O levantamento realizado pela Fundação Seade revela que, entre 2000 e 2024, os registros de nascidos vivos caíram de 699,3 mil para 470,8 mil, uma diferença de quase 230 mil nascimentos.
Em porcentagem, esse número mostra uma redução de 32%.
A queda mais acentuada ocorreu a partir de 2018, tendência que se intensificou durante a pandemia de Covid-19, segundo a fundação.
De acordo com o Seade, o recuo não foi linear. Entre 2000 e 2011, houve a maior retração, com queda de 40%. Em seguida, um leve crescimento entre 2012 e 2015 fez o número voltar a se aproximar do patamar de 2002, com cerca de 632 mil nascimentos. Mas, a partir de 2016, a curva voltou a descer. Confira, abaixo, os números por ano:
- 2000: 699.374 nascidos vivos
- 2004: 626.804
- 2009: 598.909
- 2014: 625.750
- 2019: 580.222
- 2024: 470.873
Região de Campinas segue a mesma tendência
A região administrativa de Campinas, que inclui 90 municípios, entre eles Piracicaba, também registra declínio – observe abaixo.
- 2000: 91.468 nascidos vivos
- 2004: 83.771
- 2009: 83.820
- 2014: 89.768
- 2019: 85.944
- 2024: 72.828
Razões para o declínio
De acordo com Glaucia Marcondes, coordenadora do NEPO (Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó”) da Unicamp uma das razões desse declínio é o fato das mulheres terem acesso aos métodos anticoncepcionais mais modernos e, dessa forma, conseguem controlar a natalidade.
“Os casais têm maiores condições hoje de discutir sobre o que elas desejam, em que momentos elas desejam filhos e mesmo se elas não desejam ter filhos”,
completa.
Outro motivo é a transição demográfica. As famílias estão menores e há mais mulheres adiando ou optando por não ter filhos.
Outro fator foi a pandemia de Covid-19, já que as incertezas e dificuldades financeiras aceleraram uma tendência que já vinha sendo observada.
O estudo também destacou que, enquanto os nascimentos caíram, o número de óbitos cresceu de forma gradual entre 2000 e 2019, reflexo do envelhecimento da população. A pandemia provocou aumento em 2020 (14,7%) e 2021 (23%).
Houve queda nos dois anos seguintes, mas em 2024 as mortes voltaram a subir, alcançando níveis próximos aos do início da crise sanitária. Já os nascidos mortos tiveram redução de 55% em 25 anos.
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