Se você mora ou circula por Campinas, é provável que já tenha visto cabos pretos pelas ruas, suspensos em postes provisórios de madeira e passando logo abaixo da fiação de luz. A infraestrutura de cabeamento chama a atenção pela “estética nada agradável” e gera dúvidas para aqueles que desconhecem a finalidade.
Atualmente, os cabos estão presentes em pelo menos 18 bairros da cidade, incluindo áreas movimentadas como Taquaral, distrito de Sousas e Jardim Novo Campos Elíseos. Eles atravessam calçadas, passam em frente a residências e estabelecimentos comerciais, provocando reclamações dos moradores e comerciantes devido à “desfiguração” visual.
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Sidney Souza, gerente de uma loja na Avenida Ruy Rodriguez, disse que pediu para alterar a instalação dos postes improvisados.
“Inicialmente, o cabo seria instalado na frente da nossa empresa, mas conseguimos alterar a rota para o estacionamento. Foi uma solução positiva, pois esteticamente não é agradável. Eu me mudei recentemente para Campinas e estranhei. Só descobri que se trata de água depois que chegou aqui na loja”.
Os moradores da região do Taquaral também manifestaram incômodo. Lia Soares, aposentada que mora na Rua Ary Barroso, comentou: “Eu pensei que fossem cabos de gás, algo emergencial. É estranho ver cabos grossos sobre esses postes, e já faz um tempo que estão aqui”.
Embora causem estranhamento em alguns, os cabos são avistados há algum tempo em várias regiões e permanecem instalados por longos períodos.
O QUE SÃO, AFINAL?
Os cabos aéreos são instalados para fins de redes provisórias pela Sanasa. Segundo a empresa, a instalação visa evitar o desabastecimento dos moradores durante a substituição de antigas tubulações por novas.
Esse cabeamento também é conhecido como “by-pass”, que consiste em desviar o fluxo de água para obras de revitalização urbana. Em termos simples, trata-se da “transferência temporária de efluentes de uma área específica para linhas alternativas”.
De acordo com a Sanasa, as redes antigas estão sendo substituídas por tubulações novas feitas de polietileno de alta densidade (PEAD), um material mais resistente com uma vida útil de 50 anos.
“A partir de 1994 até 2020, já foram trocados 450 quilômetros de tubulações, e a meta para o período de 2021 a 2024 é substituir essa mesma extensão. Essas obras resultam em um sistema de abastecimento mais eficiente, reduzindo assim as interrupções no fornecimento de água para os consumidores”, explicou a empresa em comunicado.
ONDE ESTÃO?
Atualmente, a Sanasa informou que atua nos seguintes bairros fazendo a troca de redes:
- Cidade Jardim
- Jardim do Lago
- Jardim Novo Campos Elíseos
- Vila Pompéia
- Sousas
- Joaquim Egídio
- Vila Sônia
- Chácara da Barra
- Jardim das Paineiras
- Bairro Palmeiras
- Vila Boa Vista
- Jardim Eulina
- Parque Fazendinha
- Jardim Santana
- Jardim Bela Vista
- Jardim Yeda
- Parque Valença
- Jardim Santa Lúcia
Segundo a empresa, nestes bairros, a previsão de término das obras é somente no final de 2024.
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