Com informações de Marcio Dolzan/Agência Estado
Nos últimos dias, uma nova cepa do vírus da covid-19 tem chamado a atenção. Popularmente conehcida como “Éris”, a EG.5 representa uma subvariante da Ômicron, que atualmente detém a predominância global.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) já registrou casos dessa cepa em 51 países, mas a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) informa que “não houve modificação no cenário de casos notificados de covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil”.
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Com base nos dados registrados no País, a SBI declarou que não há necessidade de mudança nas recomendações vigentes. Especialistas também têm ressaltado que não há motivos para alarmismo, mas apontam para a importância de as pessoas estarem atentas à cobertura vacinal. Isso porque, apesar da percepção geral de que variantes como a Ômicron resultam em infecções menos graves, estar protegido é fundamental.
“Ela só é menos perigosa se as pessoas se vacinarem. Já há dados sobre a Ômicron – não especificamente sobre a Éris – que demonstram que essa percepção de ela gerar doença menos grave não é por características dela, mas sim pela vacinação”, sustenta a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, da Rede Análise covid-19.
Quais são os sintomas da variante Éris?
Os sintomas da Éris são os mesmos vistos em casos anteriores de covid, como coriza, espirros e tosse seca e contínua. Febre e dor de garganta também podem aparecer.
UFRJ voltou a adotar recomendação de máscaras
Devido às notícias sobre a Éris, muitas pessoas e até mesmo instituições decidiram retomar o uso de máscaras. No Rio, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu comunicado na quarta-feira, 16, recomendando o uso da proteção em ambientes fechados e em aglomerações em suas dependências. Nesta quinta-feira, 16, porém, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou em uma rede social que a prefeitura da cidade “é contrária a essa medida”.
Sobre isso, Mellanie Fontes-Dutra lembra que as máscaras ajudam a evitar os riscos de exposição ao vírus. “Com o arrefecimento do número de hospitalizações da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar, mas isso não muda o fato de que elas seguem eficazes”, pondera.
Qual o risco em outros países?
Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, a Éris já é a cepa dominante. Nos EUA, as autoridades de saúde pretendem administrar à população doses de reforço de vacinas contra o coronavírus feitas com uma nova fórmula. O imunizante é voltado para as subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.
Vale lembrar que, ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha decretado o fim da emergência em saúde há mais de três meses, a covid-19 persiste: segundos dados da própria organização, cerca de 300 mil casos da doença foram registrados no planeta nos últimos sete dias.