Se passar em um vestibular de medicina já é difícil, imagine conseguir passar em sete. Mas, a estudante de Monte Mor, Angélica Ribeiro de Toledo, de 18 anos, conseguiu.
Ela passou no vestibulade de medicina na:
- Unicamp
- USP
- USP Ribeirão Preto
- Unesp UFRJ
- Federal de Uberlândia
- e em mais duas universidades particulares
Mas, como explicar um desempenho desses?
A história dela começou em um colégio particular onde estudou o Fundamental. E foi nessa escola que ela tirou a nota mais baixa da vida acadêmica dela: 7.5.
“Foi em leitura e interpretação. Eu tinha que ler ‘O Pescador e o Gênio’. Só que, trocando de agenda, eu estudei ‘Ali Babá e os Quarenta Ladrões’. Mas, a minha sorte foi que eu tinha participado da aula e aprendido um pouco da história. Então, deu pra tirar 7.5”, lembra.
Para o professor de matemática, Carlos Antônio Soares, ter um aluno assim é um privilégio. “Melhor gratificação que a gente tem é um aluno desse tipo: participativo, que fazia os exercícios, que tava sempre perguntando”, diz.
A enfermeira Tereza Sueli, mãe de Angélica, já estava esperando que a filha fosse aprovada em um vestibular de medicina. “Ela sempre foi muito estudiosa”, conta.
A adolescente cursou o Ensino Médio no IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo), em Capivari, e enfrentou uma maratona de ônibus. No começo, pegava três coletivos todos os dias: um de casa até a rodoviária de Monte Mor; outro da rodoviária de Monte Mor até a de Capivari; e mais outro da rodoviária de Capivari até a escola. E isso ida e volta.
Já no ano passado, ela fez cursinho. Estudava dez horas por dia, de segunda a sábado. Depois das aulas da manhã, almoçava a marmita que levava, e à tarde continuava estudando.
“Eu sonhava em entrar na USP e achava que era possível, só que não tão rápido. Minha primeira reação foi chorar. Chorei e agradeci. E quando peguei o resultado da Unicamp, eu também fiquei muito feliz”.
Mas, no fim das contas, Angélica optou mesmo por cursar a Universidade Estadual de Campinas. “Ela tem meu coração. Sempre que eu pensava em medicina, eu pensava em fazer lá”.
Com informações de Paulo Gonçalves – EPTV/ Campinas
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