Um explosivo militar mobilizou equipes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar) na manhã desta quinta-feira (17) em Campinas. O artefato, identificado como um morteiro, foi encontrado uma área da Avenida Ramos, no trecho do Rio Capivari.
Segundo o Gate, o artefato se trata de um morteiro de tanques de guerra. O equipamento funcionava como ‘boca de fogo’, destinado a lançar granadas dos veículos blindados das Forças Armadas.
“Ele é um morteiro 90 milímetros, que equipa uma viatura blindada, chamada ‘Cascavel’ do Exército, é lançado através de um canhão na viatura”, explicou o sargento Gonçalves.
Segundo o agente, o objeto não tinha inscrição e diversos outros já foram encontrados abandonados pelo Estado. No caso do encontrado em Campinas, não havia carga e artefato não apresentava risco. A avaliação do objeto foi feita com uso de um aparelho de raio-x especializado nesse tipo de armamento.
“Ele não foi lançado, porque não tem nenhum tipo de ‘arranhura’, identificação de risco que identificasse que ele teria sido lançado. Nós utilizamos uma contracarga na parte superior onde fica a espoleta do objeto, e aí acabamos fazendo desmantelamento, separando a espoleta do artefato, mas ele estava sem carga e não apresentava risco”, ressaltou.
Veja o vídeo do detonamento:
Suspeita de míssil
O objeto suspeito foi encontrado durante limpeza e escavação em um córrego da Avenida Ramos, onde passa o Rio Capivari. O artefato assustou o operador Junior Arantes Souza atuava com uma escavadeira, que no momento pensou que se tratava de um míssil.
“Na segunda conchada que eu dei, apareceu esse artefato”, diz. “Na hora que ele desceu, caiu dentro d’água e eu peguei ele com a concha. No que eu peguei com a concha, levei para a margem mais seca e deixei ali. Estava dentro do barranco. Deu um susto na hora”, contou.
Durante os trabalhos, uma área precisou ser isolada e três ruas foram bloqueadas próximas ao trecho.
Outros explosivos
No final do mês passado, 50 explosivos foram encontrados em obra na Avenida John Boyd Dunlop. O objeto foi achado por um trabalhador em uma área de mata próxima ao acesso do Jardim Ipaussurama e à ponte da Rodovia dos Bandeirantes. A Polícia Civil de Campinas investiga de onde veio o material explosivo.
De acordo com o delegado titular do 11º DP (Distrito Policial) de Campinas, Sandro Jonasson, as embalagens de emulsão explosiva e os cordéis detonadores totalizavam cerca de 1 kg, e possuiam “considerável poder de destruição” e têm uso comum em nos setores de mineração e construção civil.
